Após relatar a agência cerco a Kiev, prefeito acusa russos de fake news
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, acusou a Rússia de divulgar fake news sobre a guerra que trava contra a Ucrânia. Em vídeo divulgado nesta tarde, Klitschko disse que os russos estão criando falsos perfis de representantes do governo ucraniano nas redes sociais para "manipular informações e criar algumas lendas". Ele disse ainda que um perfil falso foi atribuído a ele no Instagram.
"Hoje à noite, as edições russas da Internet espalharam informação com um link para mim de que Kiev está um pouco cercada e a evacuação de pessoas é impossível. E é estranho que tenha começado a ser espalhado pelos canais de mensagens ucranianos. Não acredite nas mentiras! Confie em informações apenas de fontes oficiais", disse Klitschko.
O vídeo de Klitschko foi divulgado horas após a repercussão de uma entrevista dele à agência de notícias Associated Press, em que afirmou que Kiev está cercada pelos russos e que a Ucrânia está "à beira de uma catástrofe humanitária".
Na entrevista, o prefeito ainda informou que a retirada dos civis na cidade se tornou impossível "porque todos os caminhos estão bloqueados". Nos últimos dias, correram o mundo cenas das estradas que ligam a capital Kiev com o resto do país completamente paradas por conta do excesso de carros.
Klitschko liberou as autoridades de Kiev para caçarem "sabotadores" pelas ruas da cidade. De acordo com ele, a infraestrutura básica para a população civil ainda está funcionando, mas o abastecimento de produtos foi cortado pelos russos.
"Neste momento temos eletricidade. Agora temos água e aquecimento em nossas casas. Mas a infraestrutura está destruída para entregar os alimentos e medicamentos", relatou.
Em uma mensagem direcionada para a própria população e também para a comunidade internacional, Klitschko pediu que continuem apoiando a Ucrânia e destacou que seu povo "é forte".
"Todo ucraniano tem orgulho de ser independente, orgulho de ser ucraniano e tem orgulho de ter nosso próprio país", completou.
Ucrânia aceita proposta de conversar com Rússia
O governo da Ucrânia informou hoje que concordou em ir até a fronteira do país com Belarus para negociar um possível cessar-fogo com a Rússia. Segundo o vice-ministro do interior da Ucrânia, Eygeny Yenin, o encontro será realizado na manhã desta segunda-feira, no horário local, madrugada no Brasil.
"Eu realmente não acredito no resultado dessa reunião, mas, deixe que eles tentem, para que mais tarde nenhum cidadão da Ucrânia tenha qualquer dúvida de que eu, como presidente, tentei parar a guerra, quando houve chance, mesmo que pequena", disse presidente ucraniano Volodimir Zelensky.
O anúncio aconteceu poucas horas depois de o presidente ucraniano criticar a escolha por Minsk, capital bielorrussa, para sediar o encontro entre as partes, e uma hora e meia após o fim do prazo dado pela Rússia para a Ucrânia definir de aceitava as condições impostas.
Segundo comunicado do Ministério da Defesa ucraniano, houve acordo para que as delegações se encontrem "sem condições prévias, na fronteira entre Ucrânia e Belarus, nas proximidades do rio Pripvat.
Segundo o governo da Ucrânia, o ditador de Belarus, Aleksander Lukashenko, "assumiu a responsabilidade de garantir que todos os aviões, helicópteros e mísseis que estão em território bielorrusso permanecerão no solo durante a viagem, a reunião e o retorno da delegação ucraniana."
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