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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Lider da oposição russa convoca protestos: 'A Rússia não é Putin'

Do UOL, em São Paulo*

02/03/2022 09h33Atualizada em 02/03/2022 10h56

Alexei Navalny, principal opositor do presidente Vladimir Putin, convocou a população para protestos contra a invasão da Rússia à Ucrânia. Nas redes sociais, ele afirmou que Putin não representa o país e pediu que os cidadãos não fiquem em silêncio.

Em uma série de tweets, Alexei Navalny afirmou que Putin é um "czar obviamente insano". A Rússia entra hoje no sétimo dia de ofensiva na Ucrânia com o registro de fortes ataques em Kharkiv, a segunda maior cidade do país.

Vamos pelo menos não nos tornar uma nação de pessoas silenciosas e assustadas. De covardes que fingem não notar a guerra agressiva contra a Ucrânia desencadeada por nosso czar obviamente insano.
Opositor Alexei Navalny usa redes sociais para convocar protestos

Mais de 5.100 pessoas foram presas na Rússia por manifestações contrárias ao governo desde o início da invasão russa, informou a ONG de monitoramento de violência OVD-Info.

Só no domingo (27), quase 2 mil pessoas foram detidas. Na Rússia, os protestos devem ser autorizados pela prefeitura.

"Já estou na prisão, então acho que posso [convocar os protestos]", escreveu Navalny nas redes sociais. Ele cumpre uma pena de quase dois anos e meio de prisão por uma acusação de fraude.

Ele acrescentou que tudo tem um preço. "Não há ninguém para fazer isso por nós. Não vamos 'ser contra a guerra'. Vamos lutar contra a guerra", afirmou.

Em outra mensagem, Navalny diz que nasceu na União Soviética. "A frase principal de lá —da minha infância —era lutar pela paz. Apelo a todos para irem às ruas e lutarem pela paz".

"Mas devemos, cerrando os dentes e vencendo o medo, sair e exigir o fim da guerra."

Em 2020, Alexei Navalny sofreu uma tentativa de envenenamento e precisou buscar tratamento na Alemanha. Ele atribui o crime ao presidente Putin. Recentemente, a Rússia o incluiu na lista de "terroristas e extremistas", em mais uma investida contra as vozes críticas ao poder do Kremlin.

*Com informações de ANSA