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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Mariupol, no leste da Ucrânia, relata bombardeios russos ininterruptos

Colaboração para o UOL, em São Paulo *

02/03/2022 11h35Atualizada em 02/03/2022 17h45

A cidade portuária ucraniana de Mariupol, no leste do país, está sofrendo baixas em massa e escassez de água à medida que se defende de uma investida ininterrupta das forças russas, disse o prefeito Vadym Boichenko em uma transmissão ao vivo na TV ucraniana.

"As forças de ocupação inimigas da Federação Russa fizeram de tudo para bloquear a saída de civis da cidade de 500 mil pessoas", disse ele hoje.

"Estamos lutando. Não vamos deixar de defender nossa pátria", acrescentou, sem fornecer um número exato e atualizado de vítimas.

Ontem, Boichenko havia dito que mais de 100 moradores de Mariupol acabaram ficando feridos em decorrências de ataques aéreos russos contra a cidade.

"Há 128 pessoas em nossos hospitais. Nossos médicos nem vão mais para casa", acrescentou, segundo a agência Unian.

Os ataques deixaram o importante porto da cidade, localizado no Mar de Azov, sem energia elétrica, segundo o governo da região, acrescentando que a vizinha de Volnovakha, que tem 20 mil habitantes, ficou praticamente "destruída".

As duas cidades ficam entre o território controlado pelos separatistas pró-Rússia do leste e a península da Crimeia, que foi anexada por Moscou em 2014 — as ações militares russas buscam unir os dois territórios.

A cidade de Mariupol foi cenário de um conflito em 2014, quando foi ocupada pelos separatistas pró-Rússia e, depois, retomada pelas forças ucranianas.

O comandante das forças separatistas do território pró-Rússia de Donestk, Eduard Basurin, disse ontem que Mariupol seria "completamente cercada", mas que civis poderiam deixar a cidade por "dois corredores humanitários" que ficariam abertos até hoje.

* Com informações da AFP, da DW Brasil e da Reuters