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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia realiza treinos nucleares em área afastada da Ucrânia, diz agência

Do UOL, em São Paulo

02/03/2022 14h51

Em meio à invasão na Ucrânia, a Rússia coordenou dois treinamentos esta semana: um no Mar de Barents, entre o próprio território e a Noruega, de submarinos nucleares, e outro para testar lança-mísseis móveis em florestas da Sibéria. As informações são da Associated Press.

Segundo a Frota do Norte da Rússia, os submarinos realizaram um treinamento de "manobras em condições de tempestade" e navios de guerra, dessa vez de bases na Península de Kola, participarão de um treino semelhante.

O Ministério da Defesa russo afirmou que os testes na Sibéria são para "praticar o desdobramento secreto" nos planos do país.

Os militares consultados pela Associated Press não responderam se os novos treinamentos estão relacionados à ordem dada por Vladimir Putin, presidente da Rússia, no domingo para colocar as forças nucleares em alerta máximo.

As forças nucleares russas contam com um amplo arsenal, com submarinos nucleares armados com mísseis balísticos intercontinentais, mísseis terrestres de ponta nuclear e bombardeiros estratégicos com capacidade nuclear.

O anúncio de Putin no domingo foi repudiado pela Ucrânia, Estados Unidos e Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), acusando o presidente de estar usando táticas para aumentar a tensão em meio a negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Ucrânia precisa de armas "agora"

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse hoje ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, que os ucranianos precisam de armas "agora" na guerra contra a Rússia.

"Enfatizei: a Ucrânia precisa de entregas adicionais de armas, especialmente para nossa Força Aérea, agora", escreveu o ucraniano no Twitter.

Segundo Kuleba, os dois conversaram sobre novas sanções à Rússia até que o conflito seja encerrado e as forças russas saiam do país.

Uma semana de guerra

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia completa uma semana hoje desde que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o começo da ofensiva de suas tropas em território ucraniano.

Durante a madrugada, bombardeios e ataques da Rússia destruíram parcialmente uma estação de polícia em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Paraquedistas russos pousaram na cidade para tentar tomá-la.

Zhytomyr, localizada a 140 quilômetros de Kiev, também foi alvo de bombardeios nas primeiras horas da madrugada de hoje, no horário local. Uma área residencial foi atingida, deixando várias casas destruídas e ao menos quatro pessoas mortas, sendo três adultos e uma criança.

Segundo o Acnur (Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados), mais de 800 mil pessoas já fugiram da Ucrânia desde o início da invasão promovida pela Rússia: pelo menos 836 mil indivíduos buscaram proteção em países vizinhos, a maioria deles na Polônia — cerca de 454 mil.

A Hungria é o segundo principal destino, que recebeu 116 mil migrantes. A Eslováquia recebeu 67 mil refugiados, e a Rússia, envolvida no conflito, 42,9 mil pessoas.