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Guerra da Rússia-Ucrânia

Notícias do conflito entre Rússia e Ucrânia


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Banco multilateral com sede na China suspende atividades na Rússia

Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin - REUTERS/Evgenia Novozhenina/Pool/File Photo
Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin Imagem: REUTERS/Evgenia Novozhenina/Pool/File Photo

Colaboração para o UOL

03/03/2022 16h31Atualizada em 03/03/2022 17h15

O AIIB (Banco de Investimentos e Infraestrutura da Ásia), instituição multilateral com sede na China, suspendeu todas as atividades relacionadas à Rússia e à Belarus em meio ao confronto com a Ucrânia, informou em comunicado, segundo a CNN. Os projetos estão atualmente "em análise".

A China controla 26% do poder de voto do AIIB, enquanto a Rússia, 6%. A China liderou a fundação do AIIB para rivalizar com o Banco Mundial, com sede nos EUA, em 2016.

O Brasil é um dos membros fundadores do banco. Outros 56 países assinaram o tratado em 2015 para lançar o AIIB. Os parlamentares aprovaram o governo brasileiro como membro fundador da instituição em agosto de 2020.

Para serem efetivados, os países precisam assinar o acordo, ratificá-lo em seus respectivos poderes legislativos e integralizar o capital social do banco.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

China muda tom sobre guerra entre Rússia e Ucrânia

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone com o chanceler da Ucrânia —a convite do mesmo— na terça-feira (1º), no primeiro diálogo formal entre os dois países desde que a Rússia deu início à guerra, na última semana.

A conversa, de acordo com os relatos oficiais de ambas as diplomacias, sinaliza uma mudança de tom na abordagem chinesa sobre o conflito. Pequim é aliada de Moscou e, até agora, absteve-se de condenar a invasão nas reuniões do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

Na ligação, não houve qualquer crítica por parte de Wang à ofensiva militar da Rússia ou ao presidente Vladimir Putin. Mas o chinês expressou algum nível de solidariedade a seu homólogo em Kiev ao se dizer "extremamente preocupado com os danos aos civis" da Ucrânia.

ONU aprova resolução contra Rússia

Com o apoio do Brasil, a Assembleia-Geral da ONU aprovou ontem uma resolução deplorando os ataques russos contra a Ucrânia, pedindo a retirada imediata das tropas e apelando para que negociações sejam estabelecidas. Apesar do voto do governo brasileiro pela resolução, o Itamaraty criticou trechos do texto e seu conteúdo, mandando recados duros para potências ocidentais.

O texto, proposto por quase cem países, foi aprovado com 141 votos, 5 contra e 35 abstenções. Trata-se de uma manobra com o objetivo de isolar a Rússia, diplomaticamente, numa ofensiva maior para transformar Vladimir Putin em pária. Belarus, Eritreia, Coreia do Norte, Rússia e Síria votaram contra. Outros tradicionais adversários dos EUA, como Cuba e China, se abstiveram.

O Brasil apoiou a resolução em sua votação. Mas não foi um dos 94 países que co-patrocinaram o documento. O texto foi patrocinado por países como Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Paraguai, Peru e Uruguai.