Banco multilateral com sede na China suspende atividades na Rússia
O AIIB (Banco de Investimentos e Infraestrutura da Ásia), instituição multilateral com sede na China, suspendeu todas as atividades relacionadas à Rússia e à Belarus em meio ao confronto com a Ucrânia, informou em comunicado, segundo a CNN. Os projetos estão atualmente "em análise".
A China controla 26% do poder de voto do AIIB, enquanto a Rússia, 6%. A China liderou a fundação do AIIB para rivalizar com o Banco Mundial, com sede nos EUA, em 2016.
O Brasil é um dos membros fundadores do banco. Outros 56 países assinaram o tratado em 2015 para lançar o AIIB. Os parlamentares aprovaram o governo brasileiro como membro fundador da instituição em agosto de 2020.
Para serem efetivados, os países precisam assinar o acordo, ratificá-lo em seus respectivos poderes legislativos e integralizar o capital social do banco.
China muda tom sobre guerra entre Rússia e Ucrânia
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou por telefone com o chanceler da Ucrânia —a convite do mesmo— na terça-feira (1º), no primeiro diálogo formal entre os dois países desde que a Rússia deu início à guerra, na última semana.
A conversa, de acordo com os relatos oficiais de ambas as diplomacias, sinaliza uma mudança de tom na abordagem chinesa sobre o conflito. Pequim é aliada de Moscou e, até agora, absteve-se de condenar a invasão nas reuniões do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
Na ligação, não houve qualquer crítica por parte de Wang à ofensiva militar da Rússia ou ao presidente Vladimir Putin. Mas o chinês expressou algum nível de solidariedade a seu homólogo em Kiev ao se dizer "extremamente preocupado com os danos aos civis" da Ucrânia.
ONU aprova resolução contra Rússia
Com o apoio do Brasil, a Assembleia-Geral da ONU aprovou ontem uma resolução deplorando os ataques russos contra a Ucrânia, pedindo a retirada imediata das tropas e apelando para que negociações sejam estabelecidas. Apesar do voto do governo brasileiro pela resolução, o Itamaraty criticou trechos do texto e seu conteúdo, mandando recados duros para potências ocidentais.
O texto, proposto por quase cem países, foi aprovado com 141 votos, 5 contra e 35 abstenções. Trata-se de uma manobra com o objetivo de isolar a Rússia, diplomaticamente, numa ofensiva maior para transformar Vladimir Putin em pária. Belarus, Eritreia, Coreia do Norte, Rússia e Síria votaram contra. Outros tradicionais adversários dos EUA, como Cuba e China, se abstiveram.
O Brasil apoiou a resolução em sua votação. Mas não foi um dos 94 países que co-patrocinaram o documento. O texto foi patrocinado por países como Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Paraguai, Peru e Uruguai.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.