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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Zelensky promete reconstruir Ucrânia após guerra e diz que Rússia pagará

Do UOL, em São Paulo

03/03/2022 08h12

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu hoje que reconstruirá seu país, atingido por ataques da Rússia há oito dias, e disse que o país liderado por Vladimir Putin pagará por isso.

"Vamos reformar cada casa, cada rua, cada cidade, e dizemos a Rússia: aprenda a palavra 'reparação'. Vocês pagarão por tudo o que fizeram contra nosso país e contra cada cidadão nosso. Não esqueceremos de cada um que morreu por nós", declarou Zelensky, em uma mensagem de vídeo publicada nas redes sociais.

O presidente ucraniano classificou as primeiras horas da guerra como "muito difíceis", mas disse que o país ainda está "em pé". Segundo ele, a capital Kiev resistiu hoje a um novo ataque de mísseis, graças a seu sistema de defesa.

Zelensky disse ainda que a Rússia está atacando até igrejas e catedrais, que servem como abrigos durante a guerra e prometeu reconstruir os templos religiosos. "Mesmo se destruírem todas as igrejas não destruirão nossa fé em Deus e em pessoas."

O líder afirmou que a cada dia mais armas e voluntários chegaram para ajudar na defesa ao país — segundo ele, são mais de 16 mil pessoas.

  • Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia e mais notícias no UOL News com Fabíola Cidral:

Rússia avança pelo sul da Ucrânia

O oitavo dia da invasão da Rússia à Ucrânia começou com uma nova onda de ataques, atingindo áreas civis pelo país. O foco de atenção está no sul ucraniano. Após os russos tomarem a cidade de Kherson ontem, as cidades portuárias de Mariupol e Odessa são alvo de avanços das forças do país presidido por Putin.

Na região de Kiev, há relatos de destruição e revide a avanços russos.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Para hoje, há a expectativa de uma nova rodada de negociações a respeito do conflito. A Ucrânia descarta uma rendição e exige um cessar-fogo, assim como a retirada das forças invasoras de seu território. A Rússia exige o reconhecimento da Crimeia como território russo, assim como a "desmilitarização do Estado ucraniano".

A ONU (Organização das Nações Unidas) já estima em 1 milhão o número de pessoas que fugiram da Ucrânia em razão dos ataques no país. A Rússia reconhece ter perdido cerca de 500 soldados no conflito, número menor do que os quase 6.000 contabilizados pelos ucranianos sobre baixas russas; nenhum dos números pode ser confirmado. A Ucrânia diz ter perdido mais de 2.800 de seus soldados.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afastou o risco de uma guerra nuclear. Para ele, essa possibilidade está na "mente do Ocidente, não na dos russos".

* Com AFP