Cidade da Ucrânia diz que Rússia atacou corredor humanitário e universidade
Autoridades da cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, acusaram hoje a Rússia de bombardear o corredor humanitário criado para a saída de civis e uma universidade localizada no município. Segundo o governo local, o ataque aéreo à instituição educacional também atingiu casas no centro da cidade, próximas ao teatro municipal. Não há informações de feridos até o momento.
De acordo com a CNN, um assessor da prefeitura disse que os ataques às rotas de fugas de civis têm o objetivo de destruir estradas e isolar completamente o local. Os russos ainda não comentaram o assunto.
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A cidade portuária é a mesma onde um hospital infantil e uma maternidade foram destruídos ontem, deixando três mortos, incluindo uma menina. Segundo o Exército da Ucrânia, as forças russas continuam mirando o local, atingindo inclusive prédios residenciais.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, justificou o ataque, alegando que as instalações eram usadas como base por um batalhão nacionalista e que não havia pacientes no local.
A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, disse que Mariupol está completamente bloqueada, tanto para saída de residentes quanto para a chegada de apoio humanitário. "Este é o quarto dia que não conseguimos entregar água, remédios essenciais e comida", disse ela em pronunciamento à imprensa.
Um comboio humanitário que deveria chegar a Mariupol hoje para levar alimentos e remédios para os cerca de 400 mil habitantes que estão cercados pelas tropas russas "foi obrigado a dar marcha ré por causa dos combates em andamento", disse Vereschuk.
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia chegou hoje ao 15º dia, sem progresso em uma negociação entre as partes. Os ministros das Relações Exteriores dos países se reuniram na Turquia, mas não conseguiram chegar a um acordo por um cessar-fogo.
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