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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Macron diz que condições de Putin 'não são aceitáveis para ninguém'

Presidente francês e candidato à reeleição nas eleições presidenciais francesas de 2022, Emmanuel Macron - Benoit Tessier/Reuters
Presidente francês e candidato à reeleição nas eleições presidenciais francesas de 2022, Emmanuel Macron Imagem: Benoit Tessier/Reuters

Do UOL, em São Paulo

10/03/2022 16h24

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que as condições de negociação da Rússia, liderada por Vladimir Putin, para um cessar-fogo com a Ucrânia são inaceitáveis.

Para ele, os termos exigidos pela Rússia "não são aceitáveis para ninguém". "Não vejo uma solução diplomática chegando nas próximas horas ou até mesmo dias", falou para jornalistas hoje, conforme noticiado pela CNN dos Estados Unidos.

Macron afirmou ser otimista, "mas tenho que ser realista também". Mais cedo, o líder francês e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, uniram forças em um telefonema para Putin, no qual pediram o fim da guerra.

Macron e Scholz disseram a Putin que qualquer solução para a guerra na Ucrânia precisa ser alcançada por meio de negociações. Os três concordaram em manter contato próximo nos próximos dias, disse uma autoridade do governo alemão.

A Rússia faz as seguintes exigências:

- Reconhecimento das áreas separatistas de Donetsk e Lugansk como repúblicas independentes;

- Reconhecimento da Crimeia, anexada pelos russos unilateralmente em 2014, como território russo;

- Garantia de que Ucrânia não entrará na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) nem na União Europeia.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Reuniões ainda sem solução

A reunião entre os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e da Rússia, Sergei Lavrov, hoje na Turquia terminou sem um acordo sobre um cessar-fogo de 24 horas. Os chanceleres também não chegaram a um consenso a respeito de um corredor humanitário para evacuação de civis na cidade de Mariupol, que está cercada há mais de uma semana por tropas russas.

Em um pronunciamento feito logo após a reunião, Kuleba disse que seu homólogo russo não negou a possibilidade de cessar-fogo. Segundo o ministro ucraniano, Lavrov afirmou que iria conversar internamente sobre possível cessar-fogo.

Na segunda-feira, representantes da Rússia e da Ucrânia se reuniram para a terceira rodada de negociações para um possível cessar-fogo. Entretanto, o único acordo firmado foi de momentos de trégua para possibilitar a fuga de civis de algumas cidades ucranianas.

Um dia depois, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu que aconteça uma "negociação honesta" com a Rússia para estabelecer o fim da guerra.

Hoje, a Ucrânia acusou os russos de não cumprirem o cessar-fogo temporário durante a evacuação de civis na cidade de Izium, no leste da Ucrânia, conforme disse o governador regional Oleh Synegubov. O acordo de cessar-fogo também foi desrespeitado em Mariupol.

Em Izium, apenas 1.600 pessoas conseguiram deixar a área em segurança.

15 dias de guerra

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia chegou a 15 dias hoje com novos ataques russos a várias cidades ucranianas durante a madrugada. Foram registradas ofensivas nas cidades de Sumy, Kharkiv e Mariupol.

Em Kiev, capital da Ucrânia, as sirenes de emergência soaram várias vezes. Em meio aos novos ataques, a reunião de hoje entre ministros das Relações Exteriores da Rússia e Ucrânia terminou sem acordo para um cessar-fogo.