Na Polônia, vice dos EUA diz: 'Ataque contra um é um ataque contra todos'
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou hoje que uma ofensiva militar contra qualquer país da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) representaria um ataque contra todos os membros da aliança. Ela participou de uma coletiva de imprensa ao lado do presidente polonês, Andrzej Duda.
No encontro, eles discutiram a oferta da Polônia para enviar caças MIG-29 à Ucrânia em meio à guerra contra a Rússia. O Pentágono —sede da defesa dos EUA —se posicionou contra o apoio militar. O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu "consequências nunca vistas" a quem interferisse no conflito.
Os Estados Unidos estão preparados para defender cada centímetro do território da Otan. Os Estados Unidos levam a sério que um ataque contra um é um ataque contra todos.
Vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, em entrevista coletiva na Polônia
Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que países do Ocidente que mandassem armas à Ucrânia deveriam entender que "responderão pelos seus atos".
Durante a coletiva, Kamala Harris procurou reforçar a parceria entre EUA e Polônia após a discordância sobre o fornecimento de caças à Ucrânia.
"Quero ser muito claro. Os Estados Unidos e a Polônia estão unidos no que fizemos e estão preparados para ajudar a Ucrânia e o povo da Ucrânia —ponto final", disse Harris.
Ela acrescentou que os Estados Unidos disponibilizaram dois sistemas de mísseis de defesa Patriot à Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia. Eles são projetados para combater e destruir mísseis balísticos de curto alcance, aeronaves avançadas e mísseis de cruzeiro.
"O que está em jogo, neste exato momento, são alguns dos princípios orientadores em torno da aliança da Otan. E, em particular, a questão da importância de defender a soberania e a integridade territorial e, neste caso, da Ucrânia", afirmou a vice dos EUA.
'Atrocidades de dimensões não imaginadas'
Kamala Harris e Andrzej Duda também condenaram a ofensiva russa na Ucrânia, citando o episódio recente de ataque a uma maternidade e hospital infantil em Mariupol, que deixou três mortos, incluindo uma menina.
A cidade portuária é estratégica para o avanço militar russo e é alvo de bombardeios frequentes.
"São atrocidades de dimensões não imaginadas. Numa maternidade, mulheres grávidas que estavam lá para serem cuidadas foram tiradas por um ato de violência não provocada", comentou Kamala Harris.
O polonês Andrzej Duda classificou o ataque de "ato de barbárie e genocídio" e pediu mais sanções contra Moscou.
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