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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Macron: haverá 'sanções massivas' à Rússia se guerra na Ucrânia continuar

Presidente francês e candidato à reeleição nas eleições presidenciais francesas de 2022, Emmanuel Macron se reúne com moradores locais em Poissy como parte de seu primeiro evento de campanha, França, 7 de março de 2022.  - Benoit Tessier/Reuters
Presidente francês e candidato à reeleição nas eleições presidenciais francesas de 2022, Emmanuel Macron se reúne com moradores locais em Poissy como parte de seu primeiro evento de campanha, França, 7 de março de 2022. Imagem: Benoit Tessier/Reuters

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

11/03/2022 12h28Atualizada em 11/03/2022 13h47

Ao final de uma cúpula de líderes da UE (União Europeia) hoje em Versalhes, o presidente francês, Emmanuel Macron, alertou que a Rússia poderá enfrentar novas "sanções massivas", se a guerra na Ucrânia continuar.

"Se as coisas continuarem no plano militar (...), adotaremos novas sanções, incluindo sanções massivas", declarou Macron, em entrevista coletiva, ressaltando que a UE apoiará a Ucrânia "até o fim".

O presidente também afirmou que a invasão russa na Ucrânia "desestabilizará" profundamente o fornecimento de alimentos na Europa e África nos próximos 12 a 18 meses.

"Devemos nos preparar e reavaliar nossas estratégias de produção para defender nossa soberania alimentar" na Europa, afirmou Macron, defendendo ainda uma estratégia para a África, devido ao risco de fome em alguns países.

União Europeia diz que precisa 'se libertar' da dependência do gás russo

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse hoje, em coletiva de imprensa em Varsalles, na França, que a Europa precisa se libertar da dependência do petróleo e gás da Rússia. Países europeus já suspenderam a importação como sanção a Vladimir Putin pela invasão à Ucrânia.

"A questão da dependência é muito grande, temos uma dependência muito grande da Rússia e queremos nos libertar. Então vamos trabalhar na linha com nossos objetivos, interesses. Para o próximo inverno já precisamos ter um plano."

Michel concedeu entrevista ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e de Macron. Após dois dias de cúpula, eles informaram que serão anunciadas ainda hoje novas sanções à Rússia.

Ursula explicou que a ideia da União é investir em energias renováveis para, aos poucos, se distanciar do petróleo e gás russo. "É um investimento estratégico em nossa segurança e independência. Trata-se de um plano para diversificar suprimentos e buscar fontes renováveis. Iremos propor diminuir nossa dependência do gás e petróleo russos até 2027, usando recursos disponíveis na Europa."

Entrada da Ucrânia na União Europeia

Durante a cúpula, as lideranças também discutiram o pedido da Ucrânia para ingressar na União Europeia. "Queremos deixar claro aos amigos ucranianos que, claro, são membros da família europeia. Estamos ao lado da Ucrânia e vamos nos mobilizar com velocidade para auxiliar a população da Ucrânia e estamos aqui para apoiar a escolha dos ucranianos", disse Charles Michel.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, assinou em fevereiro um pedido para que o país faça parte da União Europeia. A informação foi divulgada pelo canal verificado do governo no Telegram.

"A Ucrânia demonstrou que pertence e merece a União Europeia", afirmou o presidente da França. Porém, Macron pondera: "Há uma guerra, mas não estamos em guerra contra a Rússia. Não temos resposta bélica."

*Com AFP