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Guerra da Rússia-Ucrânia

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ONU: Mais de 2,5 mi de pessoas fugiram da Ucrânia desde a invasão da Rússia

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

11/03/2022 06h50Atualizada em 11/03/2022 07h07

Mais de 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, incluindo 116 mil cidadãos de terceiros países, desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, informou a ONU (Organização das Nações Unidas) nesta sexta-feira (11).

"O número de refugiados procedentes da Ucrânia chegou tragicamente a 2,5 milhões hoje. Também consideramos que dois milhões de pessoas estão deslocadas dentro da Ucrânia", tuitou o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi.

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"Milhões de pessoas se veem obrigadas a deixarem suas casas por esta guerra sem sentido", acrescenta Grandi.

De acordo com a OIM (Organização Internacional para as Migrações), ligada à ONU, dos 2,5 milhões de pessoas que fugiram da Ucrânia, 116 mil eram cidadãos de terceiros países.

A Polônia acolhe, de longe, o maior número de refugiados, com 1,5 milhão de pessoas tendo entrado no país desde 24 de fevereiro, segundo os guardas de fronteira poloneses.

"O número de refugiados procedentes da Ucrânia chegou tragicamente a 2,5 milhões hoje. Também consideramos que dois milhões de pessoas estão deslocadas dentro da Ucrânia", tuitou o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi.

ONU confirma morte de ao menos 516 civis na guerra na Ucrânia

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos disse na última quarta-feira (9) que pelo menos 516 civis foram mortos, incluindo 76 crianças, e outros 908 ficaram feridos na Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

A entidade, no entanto, alerta que o número real provavelmente é muito maior. No último balanço, o escritório de direitos humanos da ONU havia informado 474 vítimas e 861 feridos.

Do número total de mortes, 111 foram confirmadas nas regiões de Donetsk e Lugansk, enquanto as outras 405 foram relatadas em outras áreas do país como a capital, Kiev, e as cidades de Odessa, Kherson, Kharkiv, Zaporizhzhia, Sumy e Mikolaiv.

De acordo com a organização, os dados reais "são consideravelmente mais altos, em território controlado pelo governo e especialmente nos últimos dias, pois o recebimento de informações de alguns locais onde ocorreram intensas hostilidades foi adiado e muitos relatórios ainda aguardam confirmação".

"A maioria das baixas civis registradas foi causada pelo uso de armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo artilharia pesada e sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, mísseis e ataques aéreos", disse a ONU.

Apesar da ofensiva, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje que acredita "que a ameaça de uma guerra nuclear é um blefe". "Uma coisa é ser um assassino, outra é ser um suicida".

Ele se ameaça com armas nucleares apenas quando o resto não funciona", disse ele em entrevista ao "die Zeit".

Metade da população já deixou Kiev

Segundo informação divulgada ontem pelo prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, metade de toda a população da capital ucraniana deixou a cidade. Ele disse que a fuga se deve ao temor do avanço das tropas russas nas proximidades do município.

"De acordo com as nossas informações, uma em cada duas pessoas residentes deixaram a cidade. Isso é um pouco menos de 2 milhões de pessoas. Kiev se transformou em uma trincheira. Cada rua, cada prédio e cada ponto da cidade foi fortalecido", disse Klitschko em entrevista a uma TV ucraniana.

*Com AFP, Ansa e Reuters