'Otan não quer guerra aberta com a Rússia', diz secretário-geral da aliança
"A Otan não quer uma guerra aberta com a Rússia", declarou nesta sexta-feira (11) à AFP Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, em Antalya, sul da Turquia, onde participa de um fórum diplomático.
"Temos a responsabilidade de impedir que esse conflito (entre Rússia e Ucrânia) se estenda além das fronteiras da Ucrânia e se transforme em uma guerra aberta entre a Rússia e a Otan", acrescentou.
Stoltenberg justificou assim a recusa da Aliança Atlântica em estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para proteger a população dos bombardeios russos.
Tal movimento "significaria estar disposto a derrubar aeronaves russas", disse ele, "e certamente nos levaria a uma guerra aberta".
Stoltenberg deve se encontrar com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, um dia depois que os ministros das Relações Exteriores russo e ucraniano se reuniram em Antália, à margem do mesmo fórum.
O chefe da Otan, organização da qual a Turquia é membro, pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, que "acabe com esta guerra sem sentido" e encontre uma "solução política".
"A primeira medida seria garantir corredores humanitários para que as pessoas possam sair e buscar alimentos e remédios", apontou.
EUA e Otan dizem que não vão enviar militares à Ucrânia
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse, na quinta-feira (10), que os Estados Unidos vão manter a posição da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de não enviar militares para a guerra entre a Ucrânia e a Rússia. A preocupação dos países do Ocidente, segundo ela, é evitar a propagação do conflito que acontece no leste europeu.
"Nem os EUA, nem os nossos parceiros da Otan mudaram a sua postura no que tange o envio de soldados americanos. Nossa avaliação foca em evitar uma guerra mundial. O Departamento de Defesa e o presidente dos EUA (Joe Biden) estão focados nisso", disse Psaki.
Psaki afirmou que Biden já deixou claro que não enviará soldados à Ucrânia já que isso poderia fazer com que o presidente russo, Vladimir Putin, aumente as fronteiras do conflito na Europa. "Isso não seria interesse nem para os EUA, nem para a Otan".
A porta-voz afirmou, no entanto, que o não envio de militares norte-americanos para a guerra não significa que os Estados Unidos não vão interferir no conflito de outra forma. Ela disse que nenhuma ação de Putin na Ucrânia "ficará sem resposta".
"Não deixamos nada ficar sem resposta até aqui. Nenhum dos passos tomados por Putin ficou sem resposta. Temos assistência militar e humanitária que está sendo dada. Temos muitas entregas que foram aceleradas. Nos últimos 10 dias entregamos 240 milhões de dólares em auxílio", disse Psaki
Basicamente esmagamos a economia russa. A bolsa de valores não está nem abrindo na Rússia. Fomos claros: haverá consequências significativas para cada passo que intensifique a guerra tomada por Putin.
Jen Psaki sobre participação dos EUA a guerra
*Com AFP
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