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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Biden anuncia novas sanções à elite da Rússia: 'Devem compartilhar a dor'

Do UOL, em São Paulo*

24/03/2022 11h41Atualizada em 24/03/2022 12h25

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje mais sanções à Rússia. Segundo o democrata, as novas medidas miram mais de 400 integrantes da elite russa, incluindo integrantes do Congresso e empresas do setor de defesa.

"Eles ganham pessoalmente com as políticas do Kremlin e devem compartilhar a dor", afirmou Biden no Twitter, fazendo referência sofrimento dos ucranianos na guerra. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia completou 30 dias hoje.

Como medida de ajuda à Ucrânia, os EUA anunciarão 1 bilhão de dólares em ajuda humanitária e um plano para receber até 100 mil refugiados ucranianos, disse um alto funcionário do governo norte-americano.

O país também está lançando a "Iniciativa de Resiliência Democrática Europeia" com 320 milhões de dólares em financiamento para apoiar a liberdade de imprensa, resistência social e direitos humanos na Ucrânia e países próximos, disse a autoridade.

Novas sanções do Ocidente

Líderes ocidentais mostraram unidade contra a guerra na Ucrânia hoje quando Washington buscou mais ajuda militar. Londres impôs novas sanções contra Moscou e a aliança militar ocidental Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) designou mais tropas para seu flanco leste.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos países da Otan, da União Europeia e do G7 reunidos em Bruxelas para ajudar Kiev a combater a invasão da Rússia, que matou milhares e expulsou um quarto dos 44 milhões de ucranianos de suas casas.

"Estamos determinados a continuar impondo custos à Rússia para trazer o fim desta guerra brutal", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, aos líderes reunidos na sede da aliança militar ocidental.

Discutiremos o apoio aliado à Ucrânia. Também abordaremos os esforços da Otan para fortalecer nossas defesas agora e nos próximos anos. Jens Stoltenberg

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse na sessão a portas fechadas que é a favor do envio de mais tropas para o flanco leste da Otan, informou uma autoridade graduada do governo dos EUA, acrescentando que Washington está trabalhando para apoiar a Ucrânia com mísseis antinavio.

A Otan, no entanto, rejeitou repetidos apelos de Kiev para defender os céus da Ucrânia de ataques aéreos russos, e Zelensky — que se juntou à cúpula da Otan por meio de uma videochamada — reclamou que o Ocidente não forneceu tanques ou sistemas antimísseis modernos.

A organização militar também não enviará tropas ou aviões para a Ucrânia, reiterou Stoltenberg, que permanecerá como chefe da aliança até 30 de setembro de 2023, além do final de seu mandato atual no final de 2022, devido à guerra.

"A Otan ainda não mostrou o que a aliança pode fazer para salvar as pessoas", disse Zelensky na cúpula, acrescentando acreditar que o presidente russo, Vladimir Putin, também quer atacar membros do leste da Otan — Polônia e os países bálticos.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Putin diz que sua "operação militar especial" visa desarmar a Ucrânia, cujas aspirações de se juntar à Otan e à UE são repreendidas por Moscou.

A Otan aumentou presença em suas fronteiras orientais, com cerca de 40.000 soldados espalhados do Báltico ao Mar Negro. A cúpula concordou em implantar quatro novas unidades de combate na Bulgária, Romênia, Hungria e Eslováquia.

Uma autoridade da Otan estimou que até 15.000 soldados russos foram mortos na Ucrânia até agora e que um total de até 40.000 foram mortos, feridos, feitos prisioneiros ou estão desaparecidos.

O Reino Unido sancionou nesta quinta-feira outra onda de bancos russos, incluindo Gazprombank e Alfa Bank, bem como uma mulher que Londres disse ser enteada de Sergei Lavrov, veterano ministro das Relações Exteriores de Putin.

"Putin já cruzou a linha vermelha para a barbárie", disse o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acrescentando: "Quanto mais duras nossas sanções... quanto mais pudermos fazer para ajudar a Ucrânia... mais rápido isso pode acabar".

* Com informações da Reuters