Chineses que não embarcaram em avião que caiu relembram dia da tragédia

Três dias após a queda do Boeing 737-800 da China Eastern Airlines que levava pessoas de Kunming para Guangzhou, no sul do país asiático, cidadãos chineses que compraram passagens, mas não embarcaram usaram as redes sociais para contar suas experiências.

O jornal britânico Daily Mail publicou o relato que uma mulher e um homem fizeram nas redes sociais. Por motivos diferentes, os dois decidiram não seguir viagem naquele voo.

A passageira mulher, identificada apenas como Xin, contou que não conseguiu embarcar no avião porque mora em uma área de alto risco para contaminação de Covid-19 e estava "barrada" pelas atuais leis para conter o vírus no país.

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Ela precisou desistir da passagem para fazer um teste e descobrir se tinha ou não se contaminado com a doença. "Minhas mãos estão tremendo e não consigo digitar. Obrigada pela preocupação. Eu ainda estou em Yunnan e não consigo voar porque tenho um alerta no meu itinerário de viagens", explicou a mulher.

O homem, chamado de Huang, 24, disse que mudou de ideia sobre pegar o avião e pediu um reembolso da passagem de última hora porque a conexão que faria ao chegar no aeroporto de Guangzhou foi cancelada.

Na tarde de hoje, equipes de busca encontraram restos mortais que podem ser dos passageiros. As autoridades não acreditam que haja sobreviventes entre as 132 pessoas que estavam no avião.

Uma das caixas pretas do avião, que pode conter o áudio da cabine do piloto, foi encontrada ontem por equipes de busca. Ela tinha uma avaria, mas, de acordo com especialistas, estaria com informações intactas.

O voo da China Eastern partiu da cidade de Kunming e estava previsto para aterrissar em Guangzhou. O avião perdeu contato com os radares perto de Wuzhou, na região de Guangxi.