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Tropas militares russas deixam usina nuclear de Chernobyl, diz Ucrânia

Usina nuclear de Chernobyl - BRENDAN HOFFMAN/GETTY IMAGES
Usina nuclear de Chernobyl Imagem: BRENDAN HOFFMAN/GETTY IMAGES

Do UOL, em São Paulo

01/04/2022 04h35

De acordo com a empresa estatal da Ucrânia Energoatom, militares russos que ocupavam a usina nuclear de Chernobyl saíram da instalação. Segundo os funcionários, atualmente não há "estranhos" entre eles, se referindo aos soldados de Vladmir Putin.

"Esta manhã, os invasores anunciaram suas intenções de deixar a usina nuclear de Chernobyl", disse a Energoatom em comunicado. As tropas russas tomaram Chernobyl no início da invasão da Ucrânia que começou no dia 24 de fevereiro.

A companhia também confirmou relatos de que forças russas cavaram trincheiras na parte mais contaminada da zona de exclusão de Chernobyl, recebendo "doses significativas" de radiação. Ainda de acordo com os ucranianos, há relatos não confirmados de que alguns estão sendo tratados na Belarus, país aliado da Rússia.

A agência de notícias Reuters e a CNN Internacional citaram trabalhadores dizendo que "alguns dos soldados não tinham ideia de que estavam em uma zona de radiação".

Os militares russos, no entanto, disseram que, depois de capturar os níveis de radiação da planta, a própria planta permaneceu dentro de uma faixa normal.

A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) disse em comunicado que não pôde confirmar os relatórios.

Seu diretor, no entanto, afirmou que estava em estreitas consultas com as autoridades ucranianas sobre o envio de uma missão à usina de Chernobyl nos próximos dias.

Na semana passada, uma agência estatal da Ucrânia disse que tropas da Rússia invadiram e saquearam um laboratório em Chernobyl. De acordo com o órgão, o local fazia o monitoramento de resíduos radioativos.

"O laboratório contém amostras altamente radioativas, que agora estão nas mãos do inimigo. Esperamos que eles machuquem a si mesmos, e não o mundo civilizado", disse a agência em publicação no Facebook.

Segundo o diretor do Instituto para Problemas de Segurança de Usinas Nucleares (ISPNPP) em Kiev, Anatolii Nosovskyi, na última sexta-feira (25), os ladrões teriam coletado amostras de isótopos radioativos normalmente usados para calibrar instrumentos, bem como amostras de resíduos químicos dos destroços do desastre nuclear de 1986.