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Denuncie e fique milionário: as maiores recompensas já dadas por foragidos

Osama Bin Laden (e) e Ayman al-Zawahiri (d), líder da Al-Qaeda - Wikimedia Commons
Osama Bin Laden (e) e Ayman al-Zawahiri (d), líder da Al-Qaeda Imagem: Wikimedia Commons

Rebecca Vettore

Colaboração para UOL

10/04/2022 04h00

Denuncie e receba uma recompensa milionária: essa é a nova mensagem do FBI e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que estão oferecendo US$ 5 milhões (quase R$ 24 milhões na cotação atual) para quem der informações sobre pessoas que receberam propinas da Odebrecht e da Braskem.

Braskem é uma empresa petroquímica braço da Odebrecht e tem a estatal brasileira entre as suas controladoras.

A iniciativa faz parte do Programa de Recompensas de Recuperação de Ativos da Cleptocracia aprovado pelo Congresso, que fornece um telefone e um email para quer fazer denúncias.

O valor expressivo tem o objetivo de mostrar o compromisso do governo norte-americano em combater a corrupção de governos estrangeiros.

Mas este não é um caso isolado. Os Estados Unidos dão as maiores recompensas do mundo por informações que levem à captura de criminosos, e elas variam entre US$ 10 milhões a US$ 25 milhões (R$ 119,2 milhões na cotação atual).

Confira as maiores já oferecidas por foragidos:

Ayman al-Zawahiri - recompensa de até US$ 25 milhões

O líder da organização terrorista Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, é acusado pelo planejamento do atentado de 2000 ao navio USS Cole no Iêmen, que deixou 17 marinheiros mortos e mais de 30 feridos. Ele é suspeito de ter ajudado a coordenar os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram quase 3 mil pessoas. Também foi indiciado pelos atentados de 1998 contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, que deixaram 224 mortos e 5 mil feridos.

Dawood Ibrahim - Reprodução - Reprodução
Dawood Ibrahim
Imagem: Reprodução

Dawood Ibrahim - recompensa de US$ 25 milhões

Ele começou roubando lojas e trabalhando para os mafiosos da Índia. No início dos anos 1980, começou a própria gangue, batizada de D-Company pela imprensa indiana. Em 1993, o grupo jogou 13 bombas em locais importantes da cidade indiana de Mumbai, como a Bolsa de Valores, a sede da Air India e as instalações do Shiv Sena, partido de extrema-direita hindu. O ataque deixou 257 mortos e cerca de 800 feridos. Apesar de as autoridades negarem, tudo indica que Ibrahim foi para o Paquistão. Em 2011, Dawood Ibrahim entrou na lista dos mais procurados da Índia e permanece como um dos mais procurados pela Interpol.

Rafael Caro Quintero - DEA - DEA
Rafael Caro Quintero
Imagem: DEA

Rafael Caro Quintero - US$ 20 milhões

O mexicano foi considerado um dos mais poderosos traficantes do mundo depois de criar e liderar o cartel de Guadalajara na década de 1970. Atualmente é tido como líder do cartel Caborca. Quintero está na lista dos maiores procurados do FBI pelo sequestro e assassinato de quatro pessoas, incluindo Enrique Camarena Salazar, um agente da DEA (Administração de Repressão às Drogas dos EUA).

Ismael 'El Mayo' Zambada García - recompensa US$ 15 milhões

No ano passado, os Estados Unidos triplicaram o valor da recompensa por informações que possam levar à prisão do líder do cartel de Sinaloa, Ismael "El Mayo" Zambada. O valor, que foi de US$ 5 milhões para US$ 15 milhões, aumentou por conta do novo status de El Mayo na organização. O traficante é amigo íntimo de Joaquín "El Chapo" Guzmán (fundador do cartel de Sinaloa), nunca foi preso e é o segundo criminoso mais procurado da DEA, ficando atrás apenas de Rafael Caro Quintero.

Hafiz Mohammad Saeed - Faisal Mahmood/Reuters - Faisal Mahmood/Reuters
Hafiz Mohammad Saeed
Imagem: Faisal Mahmood/Reuters

Recompensas de até US$ 10 milhões

O Departamento de Justiça dos EUA oferece até US$ 10 milhões (R$ 47,7 milhões na cotação atual) por informações de mais de dez pessoas. Há acusados de interferência eleitoral nas eleições norte-americanas, atividades cibernéticas maliciosas e financiamento de terrorismo.

Na lista dos procurados aparecem nomes como:

  • Hafiz Saeed, fundador e líder do grupo terrorista afegão Lashkar-e Tayyiba;
  • Seyyed Kazemi, hacker e funcionário da empresa cibernética iraniana Emennet Pasargad, que dá suporte ao Ministério de Inteligência e Segurança do Irã;
  • Marat Valeryevich Tyukov, oficial do Serviço Federal de Segurança da Rússia, acusado de obter acesso não autorizado a centenas de empresas de energia dos EUA e internacionais.