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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Pentágono: cerca de mil mercenários do Grupo Wagner estão em Donbass

Do UOL, em São Paulo*

30/03/2022 17h16

Mercenários da empresa paramilitar Grupo Wagner estão agora na região de Donbass, na Ucrânia. De acordo com os Estados Unidos, são aproximadamente mil pessoas ligadas ao grupo patrocinado pela Rússia

"Achamos que o grupo Wagner agora tem cerca de mil pessoas dedicadas ao Donbas. Nós os vimos priorizando ataques aéreos na área", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, durante coletiva de imprensa.

Ainda de acordo com o Pentágono, os russos foram vistos pelos EUA com maior atividade na região nos últimos dias. Kirby lembrou que o grupo Wagner tem atuado em Donbass "nos últimos oito anos" e, portanto, esta é uma área onde eles "têm experiência".

O Donbass é formado pelas cidades separatistas de Donetsk e Lugansk, declaradas repúblicas independentes por Putin dias antes da invasão russa à Ucrânia.

O grupo Wagner é formado por mercenários fortemente armados e com experiência de combate na África Subsaariana, Líbia e Síria. Críticos de Vladimir Putin dizem que o Grupo Wagner é um "exército particular" do presidente russo.

Além disso, o porta-voz do Pentágono informou que a Rússia começou a reposicionar menos de 20% das suas forças ao entorno da capital Kiev. Segundo Kirb, os russos devem realocá-las, e não voltar para o país de origem, e que algumas tropas podem já ter se deslocado para Belarus.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Ucrânia exige 'retirada completa' por paz

A Ucrânia quer a "retirada completa das tropas russas" para firmar um tratado de paz com a Rússia. A declaração é de David Arakhamia, líder da delegação ucraniana nas negociações com os russos.

A principal condição para a assinatura de um tratado de paz com a Rússia é a retirada completa das tropas russas dos territórios ocupados desde 24 de fevereiro
David Arakhamia, líder da delegação ucraniana nas negociações com os russos

Ontem, os dois países tiveram uma reunião em Istambul, na Turquia, e deram uma sinalização em busca de um acordo, apesar do ceticismo por parte dos ucranianos - e até dos próprios russos -, que relataram novos ataques ao país nesta quarta (30), 35º dia da guerra.

"Quando chegarmos à assinatura condicional do tratado ou ao momento em que já puder ser discutido seriamente, eles terão que sair completamente", completou. "E então nos sentaremos para assinar". Os ucranianos já apresentaram suas demandas à Rússia.

* Com informações de agência Reuers