Rússia já matou mais de 10 mil civis em Mariupol, diz prefeito
O prefeito de Mariupol, cidade portuária da Ucrânia, disse, hoje, que soldados da Rússia já mataram mais de 10 mil civis desde o início da guerra. Ele ainda afirmou que o número de mortos pode ultrapassar 20 mil com corpos espalhados pelas ruas.
À Associated Press, Vadym Boychenko também disse que as forças russas trouxeram a Mariupol equipamentos móveis de cremação para descartar os corpos e acusou os russos de se recusarem a permitir a entrada de comboios humanitários na cidade na tentativa de esconder a carnificina.
Os soldados da Rússia teriam levado muitos corpos para um enorme shopping onde há instalações de armazenamento e geladeiras. "Os crematórios móveis chegaram na forma de caminhões: você abre, e há um cano dentro e esses corpos são queimados", disse o prefeito.
Uso de fósforo branco em Mariupol
O Ministério da Defesa do Reino Unido alertou hoje que a Rússia pode utilizar a bomba de fósforo branco na cidade portuária de Mariupol, no sul da Ucrânia. O artifício, segundo autoridades britânicas, já havia sido utilizado na região de Donetsk.
A bomba de fósforo branco é uma arma incendiária que, segundo uma convenção internacional, não pode ser usada contra civis, e sim contra alvos militares. Quando utilizada, a bomba deixa um rastro branco no céu e pode "causar queimaduras graves e a corrosão dos ossos" em humanos.
Ucrânia teme queda de Mariupol
As forças ucranianas afirmaram, hoje, que temem a queda de Mariupol, cidade portuária estratégica no sudeste do país cercada há mais de 40 dias pelo exército russo, ao mesmo tempo que reforçam as posições no leste diante de uma ofensiva iminente de Moscou.
Na frente diplomática, o chefe de Governo da Áustria, Karl Nehammer, primeiro líder europeu a visitar Moscou desde o início da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, iniciou uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, para tentar obter a criação de corredores humanitários.
A visita de Nehammer deve servir "para acabar com o inferno humanitário na Ucrânia", afirmou o ministro austríaco das Relações Exteriores, Alexander Schallenberg, antes de uma reunião com os colegas da União Europeia em Luxemburgo.
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