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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Zelensky: 'Rússia esqueceu todas as lições da Segunda Guerra Mundial'

Do UOL, em São Paulo

02/05/2022 21h19

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje que a Rússia "esqueceu todas as lições da Segunda Guerra Mundial". A fala acontece após o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, dizer ontem que Adolf Hitler tinha "sangue judeu".

"Essa investida antissemita de seu ministro significa que a Rússia esqueceu todas as lições da Segunda Guerra Mundial. Ou talvez eles nunca tenham estudado essas lições", disse Zelensky.

O presidente russo também citou o fato de as falas terem gerado reações em Israel. Zelensky reclamou da falta de "objeções ou desculpas de Moscou": "Há silêncio", disse.

Como isso pode ser dito na véspera do aniversário da vitória sobre o nazismo? Essas palavras significam que o principal diplomata da Rússia está culpando o povo judeu pelos crimes nazistas. Sem palavras
Presidente ucraniano,Volodymyr Zelensky

Lavrov fez os comentários para tentar justificar a acusação da Rússia de que a Ucrânia seria "nazista", apesar de ter um presidente judeu. Desde o início da invasão russa, o Kremlim repete o discurso de que a guerra tem por objetivo o combate contra o nazismo no território vizinho. A Rússia estaria em busca de "desnazificar" a Ucrânia.

A insistência dos russos em citar o nazismo em suas explicações sobre os ataques militares ao país vizinho não se justifica pelos pequenos grupos neonazistas que existem na região, como em tantos outros territórios europeus, nem na política liderada pelo presidente ucraniano.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Bolsonaro propõe criar comitiva de presidentes para visitar Putin

O presidente Jair Bolsonaro sugeriu às autoridades da Turquia a criação de uma espécie de comitiva de presidentes para visitar Vladimir Putin, em Moscou. A proposta chegou a ser descrita por uma parcela de diplomatas dentro do Itamaraty como sendo "megalomaníaca", enquanto do lado dos mediadores do conflito com a Ucrânia a percepção é de que o momento não é de "show", e sim de negociações de bastidores.

A ideia de Bolsonaro surgiu durante a visita ao Palácio do Planalto na semana passada do chanceler turco, Mevlüt Çavusoglu. Em entrevista aos jornalistas após o encontro com o presidente brasileiro, o ministro disse que Bolsonaro elogiou o papel de Ancara na tentativa de mediação entre russos e ucranianos. Membros do Itamaraty confirmaram ao UOL que, de fato, a proposta foi feita.

Nas últimas semanas, tem sido o governo turco o organizador das conversas, na esperança de que um cessar-fogo possa ser atingido.

* Com informações de RFI