Iate de oligarca russo avaliado em R$ 390 milhões será leiloado na Europa
O iate de um magnata russo avaliado em US$ 75 milhões (cerca R$ 390 milhões na cotação atual) será leiloado na Europa. O barco pertence a Dmitry Pumpyansky, que ficou sujeito a sanções ocidentais por causa da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, segundo o jornal norte-americano Business Insider.
A apreensão do iate, chamado de Axioma, é uma ordem do Supremo Tribunal de Gibraltar. O valor de sua venda será dividido entre os credores do oligarca.
Em boa parte dos casos, as autoridades não podem vender um iate apreendido sem antes passar pela parte jurídica, sobrecarregando-os com custos de operação e manutenção, atingindo entre 10% e 15% do valor anual da embarcação.
Mesmo sendo de propriedade de Pumpyansky, o iate é administrado pela empresa de gestão Pyrene Investments. A denúncia para que a apreensão ocorresse foi apresentada pelo banco norte-americano JPMorgan, que, em dezembro de 2021, emprestou US$ 22 milhões (R$ 114,5 milhões) para uma empresa das Ilhas Virgens Britânicas, que tinha Pumpyansky como acionista, por meio de uma empresa cipriota.
O banco considerou a inclusão do russo nas sanções bancárias como um descumprimento de acordo, pois há chance de ele não devolver o dinheiro devido ao congelamento de seus ganhos. Com isso, o iate é considerado uma garantia.
As autoridades ocidentais miraram bens que pertenciam aos oligarcas russos, como propriedades, jatos particulares, arte e, por fim, os iates. A Turquia é o destino favorito desses bens que estão sendo visados, pois é onde estão jurisdicionalmente seguros.
Um exemplo de quem executou essa fuga foi o ex-dono do Chelsea Roman Abramovich, que "escondeu" seus dois iates, avaliados em R$ 8,5 bilhões, em águas turcas para evitar que ambos fossem apreendidos em possíveis penas aplicadas governo britânico.
Pumpyansky adquiriu o conglomerado de oleodutos TMK antes de comprá-los em 2006, junto com Sergei Popov e Andrei Melnichenko. A TMK fornece a estatal russa de gás Gazprom desde 1998.
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