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Rússia diz que acordo de grãos pode cair se exportações não forem liberadas

Rússia e Ucrânia firmaram acordo para liberar exportações de grãos ucranianos e afastar risco de crise alimentar global - iStock
Rússia e Ucrânia firmaram acordo para liberar exportações de grãos ucranianos e afastar risco de crise alimentar global Imagem: iStock

Do UOL*, em São Paulo

27/07/2022 09h09

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, afirmou hoje que o acordo para liberar as exportações de grãos da Ucrânia pode cair se remessas russas não forem liberadas também.

"Esses dois documentos foram assinados simultaneamente, então eles devem ser implementados exatamente da mesma maneira", disse ele a repórteres, de acordo com a agência russa Interfax.

Na semana passada, Ucrânia e Rússia fecharam um acordo para permitir a exportação de trigo e outros cereais através do Mar Negro. O pacto foi firmado em Istambul, na presença do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Antonio Guterres, e do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

O objetivo do documento é afastar o risco de uma crise alimentar global provocada pelo bloqueio naval russo aos portos ucranianos. Antes da guerra, cerca de 90% das exportações de trigo, milho e girassol da Ucrânia eram realizadas por via marítima.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, na mesma ocasião, foi assinado um documento para facilitar a exportação de fertilizantes e produtos agrícolas russos para mercados internacionais. Rudenko disse, porém, que espera que as exportações comecem "em um futuro próximo".

No último sábado (23), os russos lançaram mísseis na região do porto de Odessa, no sul da Ucrânia, gerando temores que o pacto de grãos fosse inviabilizado. Entretanto, o governo do presidente Vladimir Putin afirmou que a ofensiva tinha como alvo apenas a infraestrutura militar e não afetaria o acordo.

A escassez global de trigo é um dos efeitos de maior alcance da guerra entre Rússia e Ucrânia, que entra agora no sexto mês.

*Com informações da RFI, AFP e Reuters