Olena Zelenska: quem é a primeira-dama atacada por fotos da guerra na Vogue
A invasão da Rússia à Ucrânia colocou alguns personagens em evidência. Além dos presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, quem também ganhou espaço nos noticiários foi a primeira-dama ucraniana Olena Zelenska. O mais recente holofote disparado sobre ela veio acompanhado de críticas e acusações de "espetacularização da guerra".
Em meio à guerra, o casal Zelensky posou para as lentes da badalada revista de moda Vogue. Nas fotos de Annie Leibovitz, a ucraniana aparece em frente a soldados, perto de barricadas de areai na residência oficial do governo, ao lado de um avião destruído e num espaço que remete a um abrigo de proteção contra ataques.
As imagens foram publicadas nas contas oficiais da Vogue Magazine nas redes sociais entre os dias 26 e 27 de julho e Olena será a capa de outubro da edição norte-americana da revista. A reportagem foi feita pela jornalista Rachel Donadio, que visitou a capital Kiev.
Muitas pessoas usaram o espaço dos comentários da postagem para criticar o ensaio, ressaltando que o casal encontrou tempo, em meio à guerra, para posar para as lentes de uma revista de moda sob o título "Retrato de coragem: a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska".
Até mesmo o presidente do Grupo Eurasia, o cientista político Ian Bremmer, criticou a sessão de fotos. "Zelensky tem feito um trabalho espetacular em derrotar os russos na guerra de informação. Sessão fotográfica em tempos de guerra para a Vogue: uma ideia péssima", tuitou.
Quem é e o que faz Olena Zelenska
Olena foi intitulada pelo próprio marido como "alvo nº 2" do governo russo. Ela é conhecida por se manifestar publicamente pelos direitos das mulheres e mantém um canal no Telegram onde se dedica a ensinar "como viver e agir em tempo de guerra".
Formada em arquitetura, ela trabalhou como roteirista e, assim como o marido, dedicava-se à comédia antes de virar a primeira-dama da Ucrânia. Inicialmente, foi contra a candidatura de Zelensky à presidência do país e soube que o marido entrou na disputa política por meio das redes sociais.
Apesar disso, sempre mostrou apoio ao marido e abraçou seu papel como primeira-dama. Usou sua influência e posicionamento para defender causas como nutrição infantil e igualdade de gênero e, durante a invasão russa, permaneceu no país com os filhos ajudando o marido.
Por seu discurso antiguerra, ganhou o apoio do papa Francisco. Olena chegou a escrever uma carta ao pontífice agradecendo pelo acolhimento de crianças feridas pela guerra em um hospital pediátrico de Roma, administrado pela Igreja Católica.
Quem é Olena Zelenska
Apelo à mídia e bastidores da guerra
Em março, no Dia Internacional das Mulheres, a primeira-dama prestou homenagem não somente às mulheres que lutam na guerra, mas a todas que "curam, salvam, alimentam e continuam a fazer o seu trabalho habitual - nas farmácias, nas lojas, nos transportes, nas utilidades, para que a vida dure e vença".
Em um apelo emocionado, pediu que todos compartilhem a "terrível verdade" de como as forças russas estariam assassinando brutalmente crianças em seu país.
Foi Olena que relatou sobre os atendimentos médicos e tratamentos que haviam sido interrompidos em seu país. Na época ela disse: "esta guerra está sendo travada contra a população civil e não apenas por bombardeios".
"Continuem mostrando o que está acontecendo aqui e mostrando a verdade. Na guerra de informação, travada pela Federação Russa, todas as evidências são cruciais", pediu.
Na entrevista à Vogue, a primeira-dama também disse que essa é uma "guerra de extermínio" contra o povo ucraniano.
"Nas primeiras semanas após o início da guerra ficamos chocados. Depois de Bucha entendemos que era uma guerra destinada a exterminar a todos nós. Uma guerra de extermínio."
Ela ressaltou que não pensa que após a invasão, o marido, ela e os seus filhos tornaram-se alvos da Rússia. "Não posso pensar nisso muito a sério, porque senão ficaria paranoica."
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