Júri alega mentira de testemunha, e americano é solto após dez anos

Um homem foi libertado da prisão em Long Beach, na Califórnia (Estados Unidos), após a polícia descobrir que a única testemunha do caso havia mentido no julgamento.

Miguel Vargas, 34 anos, estava encarcerado havia mais de dez anos e deixou a prisão na quinta-feira (28). Ele havia sido detido em 2010 após ser baleado duas vezes nas costas pelos policiais Dedier Reyes e David Salcedo.

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Segundo Reyes, única testemunha do caso, ele e Salcedo atendiam a um chamado no local onde ocorria uma festa em Long Beach quando Vargas fugiu da polícia. Reyes alega ter atirado porque viu que o fugitivo estava pegando uma arma para disparar nos agentes.

Vargas foi condenado a 39 anos de prisão por agressão aos policiais.

No entanto, o advogado de Vargas, Matthew Kaestner, pediu a revisão do caso ao fim do ano passado após a promotoria local acusar Reyes e Salcedo de mentirem em um relatório policial em 2018.

"Quando os policiais se envolvem em condutas que violam a confiança pública, isso põe em questão a legitimidade do sistema jurídico criminal", disse George Gascón, procurador distrital de Los Angeles, em comunicado público.

Ao jornal Los Angeles Times, Kaestner afirmou que Vargas havia fugido da polícia na ocasião de sua prisão porque ele carregava consigo uma arma para a qual não tinha licença. No entanto, ainda segundo o advogado, seu cliente havia se livrado da arma antes que os policiais atirassem.

"Esse policial que provavelmente não deveria estar na força atirou em Miguel pelas costas duas vezes, seu parceiro atirou em Miguel pelas costas mais duas vezes e então e os dois alegaram falsamente que Miguel estava tentando atacá-los. Ele finalmente conseguiu a sua justiça", disse Kaestner ao jornal.