Russos usam faca para castrar soldado ucraniano; agressor é identificado
Circula nas redes sociais o vídeo de um soldado ucraniano sendo aparentemente mutilado por militares da Rússia. Nas imagens, a vítima está deitada, com as mãos amarradas nas costas, quando os agressores se aproximam e parecem cortar o órgão genital.
A gravação viralizou nas redes sociais após ser compartilhada por autoridades ucranianas. O vídeo não foi confirmado de forma independente pelos principais jornais e agências do mundo, mas fontes ucranianas dizem ter identificado o agressor (veja abaixo).
Antes de mutilar o soldado ucraniano, os russos chutam a cabeça do homem. Uma das autoridades que compartilharam o vídeo foi a parlamentar ucraniana Inna Sovsun. O Twitter, porém, baniu a publicação.
"O Twitter baniu meu perfil hoje. Porque postei um vídeo onde um soldado russo castra um prisioneiro de guerra ucraniano. Twitter decidiu que era muito cruel. Mas é isso que acontece. E excluir o vídeo não vai mudar isso. As pessoas devem saber o que Rússia está fazendo", escreveu Inna.
O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak também manifestou indignação. "Todo o mundo precisa entender: a Rússia é um país de canibais que gostam de tortura e assassinato. Mas o nevoeiro da guerra não ajudará a evitar a punição dos carrascos. Identificamos todos. Vamos pegar todos".
Em entrevista ao jornal The Guardian, a diretora da Anistia Internacional para a Europa Oriental e Ásia Central, Marie Struthers, afirmou que o vídeo "foi mais um aparente exemplo de completo desrespeito pela vida e dignidade humana na Ucrânia cometido pelas forças russas".
Todos os suspeitos de responsabilidade criminal devem ser investigados e, se houver provas suficientes admissíveis, processados em julgamentos justos perante tribunais civis comuns e sem recurso à pena de morte.
Diretora da Anistia Internacional para a Europa Oriental e Ásia Central, Marie Struthers
Identificação do agressor
Fontes ucranianas, incluindo a ONG Myrotvorets, conhecida por compartilhar listas de pessoas consideradas "inimigas da Ucrânia", diz que o russo que segura a faca nas imagens é um combatente de 39 anos de Kalmykia, uma região russa no Mar Cáspio.
Segundo as informações, acredita-se que o homem faz parte do grupo armado Luhansk Bryanka-SSSR, que defende o governo do presidente Vladimir Putin. A unidade tem reputação de ser violenta e brutal.
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