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Russos usam faca para castrar soldado ucraniano; agressor é identificado

Imagens de um soldado ucraniano aparentemente sendo mutilado por militares russos causaram indignação - Reprodução
Imagens de um soldado ucraniano aparentemente sendo mutilado por militares russos causaram indignação Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

30/07/2022 11h16Atualizada em 30/07/2022 11h19

Circula nas redes sociais o vídeo de um soldado ucraniano sendo aparentemente mutilado por militares da Rússia. Nas imagens, a vítima está deitada, com as mãos amarradas nas costas, quando os agressores se aproximam e parecem cortar o órgão genital.

A gravação viralizou nas redes sociais após ser compartilhada por autoridades ucranianas. O vídeo não foi confirmado de forma independente pelos principais jornais e agências do mundo, mas fontes ucranianas dizem ter identificado o agressor (veja abaixo).

Antes de mutilar o soldado ucraniano, os russos chutam a cabeça do homem. Uma das autoridades que compartilharam o vídeo foi a parlamentar ucraniana Inna Sovsun. O Twitter, porém, baniu a publicação.

"O Twitter baniu meu perfil hoje. Porque postei um vídeo onde um soldado russo castra um prisioneiro de guerra ucraniano. Twitter decidiu que era muito cruel. Mas é isso que acontece. E excluir o vídeo não vai mudar isso. As pessoas devem saber o que Rússia está fazendo", escreveu Inna.

O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak também manifestou indignação. "Todo o mundo precisa entender: a Rússia é um país de canibais que gostam de tortura e assassinato. Mas o nevoeiro da guerra não ajudará a evitar a punição dos carrascos. Identificamos todos. Vamos pegar todos".

Em entrevista ao jornal The Guardian, a diretora da Anistia Internacional para a Europa Oriental e Ásia Central, Marie Struthers, afirmou que o vídeo "foi mais um aparente exemplo de completo desrespeito pela vida e dignidade humana na Ucrânia cometido pelas forças russas".

Todos os suspeitos de responsabilidade criminal devem ser investigados e, se houver provas suficientes admissíveis, processados em julgamentos justos perante tribunais civis comuns e sem recurso à pena de morte.
Diretora da Anistia Internacional para a Europa Oriental e Ásia Central, Marie Struthers

Não está claro quando as imagens foram gravadas. A violência lembra o massacre na cidade de Bucha, onde foram encontrados corpos de civis nas ruas após a saída de militares russos.

Identificação do agressor

Fontes ucranianas, incluindo a ONG Myrotvorets, conhecida por compartilhar listas de pessoas consideradas "inimigas da Ucrânia", diz que o russo que segura a faca nas imagens é um combatente de 39 anos de Kalmykia, uma região russa no Mar Cáspio.

Segundo as informações, acredita-se que o homem faz parte do grupo armado Luhansk Bryanka-SSSR, que defende o governo do presidente Vladimir Putin. A unidade tem reputação de ser violenta e brutal.