Água-viva rara é gravada pela primeira vez em 25 anos na Papua Nova Guiné
Uma água-viva da espécie Chirodectes maculatus foi gravada por um mergulhador na costa de Papua Nova Guiné, na Oceania. As imagens impressionaram biólogos marinhos de todo o mundo, pois ela é considerada um espécime raro.
Este tipo de água-viva foi visto pela primeira vez apenas em 1997, por uma equipe de cientistas na Grande Barreira de Corais. Até então, acreditava-se que a água-viva foi avistada oficialmente apenas uma vez, na costa do extremo norte de Queensland.
Mas as novas imagens, feitas pelo proprietário de uma empresa, mostram que a impressionante criatura estava na região, nadando ao lado de um grupo de turistas. O mergulhador a descreveu nas redes sociais.
"Vi um novo tipo de água-viva enquanto mergulhava hoje. Tem marcas legais e é um pouco maior que uma bola de futebol e ela nada muito rápido", escreveu em seu perfil no Facebook.
Ainda perplexo, Borcherds pediu ajuda à filha na África do Sul, a especialista Lisa-ann Gershwin, do Australian Marine Stinger Advisory Service.
"Achei interessante, pois nunca tinha visto um desses antes, então enviei [o vídeo] para minha filha que baixou um aplicativo de água-viva. Não foi possível identificá-lo, então, ela carregou a gravação para o aplicativo e, em meia hora, ela tinha um especialista em água-viva muito animado no telefone da Tasmânia, disse.
A especialista ressaltou que, a princípio, pensou que fosse a mesma água-viva capturada na Grande Barreira de Corais em maio de 1997. "Fiquei completamente chocada quando me enviaram as fotos. Pensei, meu Deus, o que é isso e onde está?" ", disse Gershwin ao ABC.
A espécie Chirodectes maculatus foi descrita pela primeira vez em 2005 por uma equipe de cientistas australianos depois que capturaram e preservaram um espécime em 1997.
Os cientistas inicialmente descreveram a espécie como Chiropsalmus. Gershwin disse que publicou outro artigo sobre a classificação do organismo um ano depois e o transferiu oficialmente para o gênero Chirodectes, em que foi aceito.
E sobre a informação do veneno do animal, até o momento não há casos registrados de sua picada em humanos. Durante a manipulação em 1997, a água-viva não conseguiu se prender a mão ou antebraço de nenhum voluntário.
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