Mulher exibe 'cartão de privilégio branco' e escapa de multa nos EUA; veja

Uma mulher identificada como Mimi Israelah conseguiu escapar de uma multa de trânsito por dirigir em zigue-zague depois de apresentar um "cartão de privilégio branco" à polícia do município de Anchorage, no Alasca (EUA).

Os agentes Nicholas Bowe e Charles Worland, da Unidade de Repressão à Condução de Deficientes, realizaram a abordagem em 7 de julho. Israelah havia participado de um comício de apoiadores do ex-presidente Donald Trump na cidade.

Dias após a parada de trânsito, Israelah disse em publicação no Facebook que, quando foi parada enquanto dirigia, não conseguiu encontrar sua carteira de motorista. "Quando vi meu cartão do privilégio branco, dei ao policial. Ele riu e ligou para o parceiro. É a primeira vez que eles veem um cartão privilégio branco", escreveu ela.

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Um vídeo do encontro mostra os policiais do lado de fora da janela do carro de Israelah. Ela pergunta: "Você gosta do meu cartão White Privilege?" e um oficial responde: "Isso é hilário". A parte superior do cartão diz que "privilégio branco supera tudo". Israelah, em sua biografia no Twitter, se descreve como uma mulher de origem filipina.

Segundo informações do NY Post, o vice-chefe da polícia local, Sean Case, classificou a abordagem como "inapropriada", e ponderou que os agentes erraram ao agir dessa forma. Conforme Case, os dois policiais foram afastados de suas atribuições pelo período de 11 dias, prazo que durou as investigações, mas não informou se eles sofreram outro tipo de punição.

O que é privilégio branco

Segundo teóricos e pesquisadores, o conceito de privilégio branco reflete a vantagem que as pessoas brancas têm em relação às de outras etnias. Esse conceito mostra como a sociedade está condicionada a beneficiar essas pessoas apenas pela cor da pele, como herança do racismo.

Isso é comprovado por pesquisas que mostram, por exemplo, que mesmo vindo de famílias com mesmo nível de renda e educacional que profissionais brancos, os negros geralmente têm salários menores. Empresários negros também encontram mais dificuldade em conseguir um empréstimo em países como os Estados Unidos, por exemplo.