Caças da China avançam em zona de Taiwan, que faz testes com munição real
O Ministério de Defesa de Taiwan afirmou que 16 aeronaves militares da China ultrapassaram a zona de defesa aérea da ilha hoje.
O movimento faz parte da série de exercícios militares conduzido pelos chineses após a visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a Taiwan na última semana.
As Forças Armadas chinesas anunciaram a continuidade dos testes hoje, com unidades aéreas e navais. Originalmente, eles estavam programados para acontecerem até domingo (7).
O Comando Oriental do Exército Popular de Libertação afirmou em um comunicado que realiza exercícios de treinamento ao redor da ilha, "concentrados em bloqueios conjuntos e operações de apoio conjunto", diz o comunicado.
O caminho dos caças chineses foi demonstrado em uma publicação do Ministério da Defesa de Taiwan no Twitter. É possível ver que a trajetória não avança muito além da linha limite entre os territórios:
A mídia estatal chinesa publicou vídeos dos exercícios aéreos desta terça-feira.
Segundo a publicação, o comando das Forças Armadas "convocou aeronaves de alarme antecipado, caças, aviões de reabastecimento e aeronaves de interferência para continuar os exercícios de ataques no ar, reabastecimento em voo e aprimorar a capacidade em ambientes complexos".
Taiwan faz testes com artilharia real
Taiwan iniciou também hoje uma simulação de defesa da ilha com munição real de artilharia.
Lou Woei-jye, porta-voz do Oitavo Corpo do Exército de Taiwan, confirmou o início dos exercícios no condado meridional de Pingtung. As manobras duraram pouco menos de uma hora.
As manobras taiwanesas, que também acontecerão na quinta-feira, incluíram a mobilização de centenas de tropas e 40 obuses, informou o exército.
Lou disse, no entanto, que os exercícios já estavam programados e não eram uma resposta às manobras da China
O ministro taiwanês das Relações Exteriores, Joseph Wu, afirmou que a China utiliza as manobras aéreas e navais para "preparar a invasão de Taiwan".
"A verdadeira intenção da China é alterar o status quo no Estreito de Taiwan e em toda a região", disse Wu.
A China considera Taiwan como parte de seu território e busca a reunificação — oficialmente por meios pacíficos; já o governo de Taiwan tenta se afastar da hipótese e busca reconhecimento internacional.
Resposta aos EUA
O governo da China defendeu a atitude do país como uma resposta "firme, contundente e apropriada" ao que chamou de provocação dos Estados Unidos.
"Nós apenas enviamos uma advertência aos perpetradores", disse o porta-voz Wang Wenbin, antes de prometer que o país "esmagaria de maneira firme a ilusão das autoridades taiwanesas de obter a independência através dos Estados Unidos".
Desde a visita de Pelosi, a China suspendeu ou cancelou encontros e conversas marcadas com o governo de Joe Biden em áreas como segurança, tráfico de drogas e mudanças climáticas — um dos focos do governo do democrata.
Apesar da tensão, o governo dos Estados Unidos afirmou que não espera nenhuma escalada de Pequim.
"Não estou preocupado, mas estou inquieto que façam tanto alvoroço. Mas não acredito que vão fazer nada além do que estão fazendo", disse o presidente Joe Biden.
*Com informações da AFP
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