Jornal: espiões russos confiavam que Zelensky morreria após ataques a Kiev
Espiões da Rússia confiavam que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, morreria durante um ataque relâmpago a Kiev que era planejado por Moscou dias antes do início da guerra entre os dois países, segundo informações do jornal The Washington Post.
De acordo com documentos obtidos por forças de segurança ucranianas e materiais estratégicos da Rússia analisados pelo veículo de comunicação, essa previsão era feita pelo FSB, o serviço federal de segurança da Rússia.
Esses arquivos apontam que colaboradores do governo do presidente Vladimir Putin na Ucrânia chegaram a receber comunicados de agentes de Moscou orientando para que eles fizessem as malas e deixassem a capital ucraniana.
Um dos trechos das comunicações interceptadas, segundo o jornal americano, mostra que um oficial russo chegou a dizer a um colega de trabalho para ele ter uma "viagem de sucesso" a Kiev, mas o destinatário da mensagem nunca chegou à capital por conta de uma falha nos planos da Rússia.
"Os russos estavam muito errados", disse ao The Washington Post um alto funcionário dos EUA com acesso regular a informações classificadas sobre a Rússia e seus serviços de segurança.
"Eles montaram todo um esforço de guerra para conquistar objetivos estratégicos que estavam além de seus meios", afirmou esse funcionário. "O erro da Rússia foi realmente fundamental e estratégico", acrescentou.
Os arquivos mostram também que a unidade do FSB responsável pela Ucrânia aumentou de tamanho nos meses que antecederam a guerra e contava com o apoio de uma vasta rede de agentes pagos no aparato de segurança da Ucrânia.
Alguns desses agentes obedeceram e sabotaram as defesas da Ucrânia, disseram autoridades, enquanto outros parecem ter embolsado os pagamentos do FSB, mas não cumpriram as ordens do Kremlin quando os combates começaram.
Segundo pesquisas do FSB obtidas pelo jornal, grandes segmentos da população da Ucrânia estavam preparados para resistir à invasão russa e a informação de que as forças russas seriam recebidas como libertadores era infundada.
Mesmo assim, Moscou continuou fazendo avaliações otimistas de que as massas ucranianas dariam as boas-vindas à chegada dos militares russos e à restauração do governo aliado à Rússia.
A guerra entre Rússia e Ucrânia começou no dia 24 de fevereiro. Após semanas de intensos conflitos em várias regiões do país e da tentativa de tomar Kiev, o regime de Putin passou a concentrar esforços mais próximos à região de Donbass, onde ficam localizados os territórios separatistas de Donetsk e Lugansk.
Outro fator que contribuiu para que a Ucrânia conseguisse combater os militares russos foi a ajuda que o país recebeu da comunidade internacional e das sanções que Moscou recebeu de várias nações.
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