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'Bomba correio': mensagens em mísseis da Ucrânia custam até R$ 15 mil

Exemplo de armamento ucraniano com mensagem escrita - Reprodução/SignMyRocket
Exemplo de armamento ucraniano com mensagem escrita Imagem: Reprodução/SignMyRocket

Do UOL, em São Paulo

22/08/2022 11h23Atualizada em 22/08/2022 11h48

Pessoas de todo o mundo estão pagando para escrever mensagens pessoais em armamentos ucranianos. As "bombas correio" podem custar de R$ 776,92 a R$ R$ 15.538,50, na cotação de hoje.

Segundo uma reportagem do jornal estadunidense The New York Times, o comércio de mensagens em armamentos é usado como uma forma de arrecadar dinheiro para financiar a resistência ucraniana contra os ataques da Rússia.

A forma mais conhecida do envio de mensagens é por meio do site "signmyrocket.com", criado por Anto Sokolenko, um estudante de tecnologia da informação de 21 anos. Ao jornal norte-americano, ele contou que era voluntário na organização Centro de Assistência ao Exército, Veteranos e suas Famílias e começou o negócio ao ver as doações caindo.

Inicialmente, a venda era feita por meio do Telegram, mas posteriormente Sokolenko criou um site e agora recebe encomendas do mundo todo. De acordo com ele, 95% dos pedidos são de mensagens escritas em inglês.

Os recados podem ser escritos em mísseis, tanques ou outros armamentos. Alguns exemplos do que já foi escrito são: "Esta é uma bomba gay"; "Combater o fascismo é um trabalho de tempo integral"; "Do Vale do Silício com amor" e "Eu te amo, Vinny".

O preço aumenta se a pessoa quiser um vídeo da utilização do armamento com a mensagem "para mostrar aos amigos ou postar nas redes sociais", disse Sokolenko ao The New York Times. O criador informou que em menos de três meses de comercialização já foram arrecadados cerca de US$ 200 mil (equivalente a mais de R$ 1 milhão).

As mensagens são escritas pelos próprios militares ucranianos, que receberam marcadores permanentes para escrever e fotografam os recados. Em troca, o signmyrocket afirma ter doado carros, drones e equipamentos ópticos para o exército.

Procurado pelo The New York Times, o Ministério da Defesa da Ucrânia não comentou o assunto.