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Médico que se opôs a Trump na pandemia da covid-19 anuncia aposentadoria

Anthony Fauci foi referência no acompanhamento da pandemia nos Estados Unidos e se opôs ao discurso de Donald Trump - REUTERS/Jonathan Ernst
Anthony Fauci foi referência no acompanhamento da pandemia nos Estados Unidos e se opôs ao discurso de Donald Trump Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst

Do UOL, em São Paulo

22/08/2022 17h29Atualizada em 22/08/2022 17h29

O médico epidemiologista Anthony Fauci, famoso por ter sido um dos principais orientadores das medidas sanitárias durante a pandemia de covid-19 nos Estados Unidos e ter se oposto às políticas sanitárias de Donald Trump, anunciou que irá se aposentar de seus cargos de assessoria à Casa Branca e também deixará de ser diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, onde estava desde 1984.

O presidente Joe Biden agradeceu Fauci e disse que o país está "mais forte, mais resiliente e mais saudável" devido ao trabalho do médico.

Com 81 anos, o médico ganhou notoriedade ainda nos anos 1980, com a epidemia de HIV, quando ajudou a combater os estigmas a fornecer as informações sabidas à época. Depois, com a covid-19, defendeu a vacinação em massa, o uso de máscaras, o isolamento social e se posicionou de forma contrária aos medicamentos que eram indicados como formas de tratamento, mas que não tinham comprovações científicas. Por isso, entrou em diversas ocasiões em embates com o ex-presidente Donald Trump, sendo o mais famoso deles pelo uso da cloroquina para tratar a doença.

Fauci é especialista em epidemias e serviu a sete presidentes estadunidenses: Ronald Reagan, George Bush, Bill Clinton, George W. Bush, Barack Obama, Donald Trump e Joe Biden.

Apesar de ter anunciado a aposentadoria dos serviços públicos, o médico afirma que ainda seguirá trabalhando "pela saúde pública global".