Idade, covid e mobilidade: saúde de Elizabeth se deteriorou no último ano

A rainha Elizabeth 2ª, que morreu nesta quinta-feira (8) aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, já tinha o estado de saúde observado de perto pelos médicos desde o ano passado.

Em outubro, aos 95 anos, ela passou a noite em um hospital e precisou ficar cinco dias em repouso após "investigações preliminares" dos médicos.

O sigilo do palácio real provocou dúvidas sobre o estado de saúde da monarca, que mantinha uma agenda de reuniões. Poucos dias depois, ela voltou ao trabalho, mas chegou a ser aconselhada a moderar no álcool.

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Em novembro, mais um episódio preocupante: a rainha perdeu, pela primeira vez em 22 anos, a cerimônia oficial do Dia da Lembrança do Cenotáfio. Ela foi orientada pelos médicos a repousar após sofrer uma torção nas costas.

Covid e mobilidade

No início deste ano, Elizabeth teve covid-19. A monarca relatou ter ficado "muito cansada e exausta" após a doença.

Segundo fontes do palácio, a covid deixou a rainha ainda mais debilitada. Desde março, ela apresenta problemas de mobilidade e comprou um carrinho de golfe para auxiliá-la em sua locomoção. Ela também tem usado uma bengala.

A rainha se recusa a usar cadeira de rodas por "superstição" relacionada a morte de sua irmã após aparecer em público com o meio de transporte.

Em junho, ela deixou de participar de eventos do Jubileu de Platina, em comemoração aos 70 anos de seu reinado. Segundo o Palácio de Buckingham, Elizabeth passou por um "desconforto". No mês seguinte, ela diminuiu oficialmente a carga de trabalho.

Nestes últimos meses, a monarca tem faltado em alguns compromissos. O último foi nesta quarta-feira, quando foi forçada a cancelar uma reunião virtual planejada com ministros depois de ser aconselhada a descansar por seus médicos.

No dia anterior, ela havia sido fotografada nomeando Liz Truss como a nova primeira-ministra do país em sua casa escocesa, o Castelo de Balmoral. Na ocasião, um hematoma na mão da rainha chamou atenção.