Ucrânia faz russos recuarem. O que se sabe do contra-ataque?
A Ucrânia anunciou hoje (12) que tropas russas foram vencidas no dia anterior, mostrando uma possível evolução na retomada de terrenos no nordeste do país. Afinal, qual o tamanho do contra-ataque ucraniano?
Com a ofensiva que ocorreu neste fim de semana, o país recuperou centenas de quilômetros quadrados de território, com um avanço a mais de 20 cidades e vilarejos, que estavam sob o comando russo. A retomada aconteceu em um período de 24 horas.
Essas conquistas são uma consequência do colapso das forças russas no leste da Ucrânia. A cidade de Moscou reconheceu a retirada da cidade de Izium, principal fortificação russa no país. Em contra-ataque, antes da retirada das tropas, houve um disparo de mísseis contra usinas de energia, causando um apagão em Kharkiv e cidades próximas.
"Estamos tomando o controle total, e medidas de estabilização estão sendo executadas", informou o Estado-Maior ucraniano.
Ainda de acordo com informações dadas pelos ucranianos, militares russos teriam abandonado um estoque enorme de munições e equipamentos militares.
A cidade de Kiev descreveu os ataques como uma retaliação aos avanços militares russos nos últimos meses.
Na manhã de hoje, a energia em Kharkiv já tinha sido restabelecida em 80% de sua capacidade, ao contrário do fornecimento de água, que segue interrompido.
Moscou, que nega os ataques a alvos civis deliberadamente, não se pronunciou.
O avanço das forças ucranianas, o mais eficaz desde o recuo dos russos da cidade de Kiev, representa uma guinada do país no conflito.
Em poucos dias, a Ucrânia conseguiu retomar alguns territórios que fizeram a cidade de Moscou levar meses para uma efetiva ocupação.
Segundo o general ucraniano Valeriy Zaluzhnyi, as retomadas foram em cerca de mais de 3 mil quilômetros quadrados de território somente neste mês, avançando para um raio próximo de 50 quilômetros da fronteira com a Rússia.
Se houver outras retiradas russas, principalmente a leste de Oskil, as tropas ucranianas podem estar fortificadas para um ataque ao território que a Rússia e os aliados ambientados na Ucrânia ocupam desde 2014.
A Rússia respondeu aos avanços da Ucrânia com a breve mensagem de que "atingirá os objetivos de sua operação militar especial" no país vizinho.
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