Ucrânia acusa Rússia de prender diretor de usina nuclear: 'Terrorismo'
O diretor-geral da usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, foi detido ontem por tropas russas, informou a empresa estatal Energoatom. Ihor Murashov foi preso após deixar o local e se dirigir para a cidade de Enerhodar. As informações foram passadas à imprensa pelo chefe da estatal, Petro Kotin.
Zaporizhzhia é a maior usina nuclear da Europa e, agora, está ocupada por tropas russas. Horas antes da prisão de Murashov, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, formalizou a anexação de quatro regiões ucranianas ao seu território: Luhansk e Donetsk, ao leste, e Kherson e Zaporizhzhia, ao sul.
"[Murashov] foi retirado do carro e, com os olhos vendados, foi conduzido em uma direção desconhecida", informou o chefe da empresa estatal, acrescentando que até o momento não se sabe o paradeiro do diretor-geral da usina.
A Rússia ainda não comentou publicamente sobre o assunto.
Kotin disse que apelou ao chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, para tomar "todas as ações imediatas possíveis para libertar urgentemente" Murashov.
Ucrânia diz que detenção é ilegal
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia disse em comunicado que "condena firmemente a detenção ilegal" Zaporizhzhia pela Rússia.
A usina nuclear tem estado no centro das tensões nas últimas semanas, depois que Moscou e Kiev se acusaram de ataques aos arredores do local, aumentando os temores internacionais de um desastre atômico.
"O crime é mais um ato de terrorismo de Estado da Rússia e representa uma grave violação do direito internacional. A Rússia deve libertá-lo imediatamente", acrescentou Petro Kotin.
Murashov "tem a responsabilidade principal e exclusiva pela segurança nuclear e radiológica" da usina nuclear, segundo o chefe da Energoatom.
(*Com informações das agências Reuters, RFI e AFP)
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