EUA não veem movimentos da Rússia para uso de armas nucleares, diz Blinken
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que seu país ainda não vê indícios concretos de que o presidente russo Vladimir Putin irá utilizar armas nucleares na guerra contra a Ucrânia.
Em coletiva de imprensa hoje, horas após Putin formalizar seu processo de "anexação" de quatro regiões ucranianas — o que foi contestado pela comunidade internacional —, Blinken ponderou que as ameaças de Putin são levadas "muito a sério".
"Nós estamos olhando com muito cuidado para ver se a Rússia está de fato fazendo algo que sugere o uso de armas nucleares. Até o momento, não vimos ações nesse sentido", disse o secretário de Estado.
"Sobre as intenções do presidente Putin, não vou especular o que passa pela sua cabeça. Posso apenas dizer que temos planos para todos os cenários possíveis, incluindo este", disse Blinken ao se referir às armas.
"Mas nós sabemos que a Rússia está empenhada em uma horrenda brutalização da Ucrânia, e, por isso, levamos as ameaças que fazem muito a sério".
O temor da anexação é que, com essas áreas consideradas por Moscou como parte de seu território, a Rússia poderia usar armas nucleares para "defendê-las", como dito por Putin na semana passada.
Nesta sexta, questionado por repórteres se um ataque da Ucrânia aos territórios que a Rússia reivindica como sua terra seria considerado um ataque à Rússia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse: "Não seria outra coisa".
Estados Unidos condenam anexação russa e a chamam de "fraudulenta". Em nota, o presidente Joe Biden disse que "os Estados Unidos hoje condenam a tentativa fraudulenta da Rússia de anexar o território soberano da Ucrânia. A Rússia está violando o direito internacional, atropelando a Carta das Nações Unidas e mostrando desprezo pelas nações pacíficas por todas as partes".
"Os Estados Unidos sempre respeitarão as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia. Continuaremos apoiando os esforços da Ucrânia para recuperar o controle de seu território" tanto do ponto de vista militar quanto diplomático, acrescentou.
Novas sanções. De acordo com o governo dos EUA, as novas sanções terão como alvo dezenas de membros do parlamento russo, funcionários do governo e seus parentes e indústrias que abastecem os militares russos, "incluindo fornecedores internacionais".
Em uma advertência ao pequeno número de países potencialmente dispostos a reconhecer a soberania autodeclarada da Rússia sobre as quatro regiões invadidas, Washington disse que o G7 (Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e EUA) concordou em sancionar qualquer endosso deste tipo.
"Emitimos um aviso claro endossado pelos líderes do G7: responsabilizaremos qualquer indivíduo, entidade ou país que forneça apoio político ou econômico às tentativas ilegais da Rússia de mudar o status do território ucraniano", disse Blinken.
*Com informações da AFP
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