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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ucrânia diz sofrer cortes de energia e de água após novos ataques da Rússia

17.out.22 - Bombeiros ajudam uma mulher a sair de um prédio residencial destruído por um ataque de drone russo, que as autoridades locais consideram ser veículos aéreos não tripulados (UAVs) de fabricação iraniana Shahed-136 - GLEB GARANICH/REUTERS
17.out.22 - Bombeiros ajudam uma mulher a sair de um prédio residencial destruído por um ataque de drone russo, que as autoridades locais consideram ser veículos aéreos não tripulados (UAVs) de fabricação iraniana Shahed-136 Imagem: GLEB GARANICH/REUTERS

Do UOL*, em São Paulo

18/10/2022 07h00Atualizada em 18/10/2022 13h44

A capital e outras cidades da Ucrânia estão sem energia elétrica e água após novos ataques da Rússia, hoje, contra infraestruturas críticas do país, informaram autoridades locais.

"A situação é atualmente crítica em todo o país, porque nossas regiões dependem umas das outras", afirmou o chefe de gabinete da presidência, Kirilo Timochenko.

Em Kiev, a operadora DTEK registrou "interrupções" no abastecimento de energia elétrica e água na margem esquerda da capital. "Engenheiros estão se esforçando ao máximo para restabelecer a energia", afirmou a empresa no Facebook.

Ao menos duas mortes em Kiev. Segundo o Ministério Público ucraniano, pelo menos duas pessoas morreram em Kiev, e uma ficou ferida, nos ataques desta manhã.

A Ucrânia acusa a Rússia de destruir um prédio residencial em Mykolaiv com mísseis C-300. Uma pessoa morreu, afirmou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, no Telegram. "Também houve um ataque a um mercado de flores e a um parque."

Ontem, diversas estruturas de energia de diferentes cidades da Ucrânia também foram atacadas por "drones kamikaze" russos. A estratégia se repetiu:

"A cidade não tem energia elétrica nem água", afirmou o prefeito de Zhytomyr, Serguei Sukhomlin. "Os hospitais funcionam com a energia de reserva".

Em Mykolaiv, alvo de ataques durante a madrugada, as autoridades conseguiram restabelecer a rede. Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, foi atingida por oito mísseis, de acordo com o governo regional. Os ataques afetaram uma indústria.

Zelensky: 30% das instalações foram danificadas

Pelo Telegram, Zelensky compartilhou vídeos de destroços, sem especificar se são resultado dos ataques de hoje. "Eles continuam fazendo o que fazem de melhor: aterrorizar e matar civis", escreveu Zelensky.

O presidente ucraniano também afirmou que 30% das instalações de energia do país foram danificadas pelos russos desde os ataques de semana passada. Há preocupação com a proximidade do inverno, o que pode agravar ainda mais a situação dos civis.

Usina nuclear: diretores foram sequestrados, acusa Ucrânia. A agência estatal de energia nuclear da Ucrânia acusou a Rússia de prender dois diretores da central de Zaporizhzhia, uma usina controlada pelos russos no sul do território ucraniano.

Em um comunicado, a Energoatom afirma que as tropas russas levaram o diretor do Departamento de Tecnologia da Informação, Oleg Kostyukov, e o vice-diretor geral, Oleg Osheka, para "um destino desconhecido".

A Energoatom pediu ao diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, que faça "todos os esforços" para garantir a libertação de Kostyukov e Osheka.

As tropas russas tomaram o controle da central nuclear de Zaporizhzia no início de março, nos primeiros dias da invasão da Ucrânia. Kiev acusou Moscou de deter vários funcionários da central.

A central nuclear de Zaporizhzhia, a maior instalação nuclear da Europa, fica em uma zona controlada por Moscou, que reivindica sua anexação ao lado de outras três áreas pertencentes à Ucrânia: Donetsk, Lugansk e Kherson.

Moscou e Kiev trocam acusações há vários meses sobre bombardeios contra a central, provocando temores de um desastre nuclear.

*Com informações da AFP e Reuters