Bannon, ex-assessor de Trump, é condenado a 4 meses de prisão por desacato
Steve Bannon, ex-assessor do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e estrategista da extrema-direita mundial, foi condenado hoje pela Justiça americana a quatro meses de prisão e US$ 6.500 (cerca de R$ 33.819) de multa por desacato ao Congresso.
Ele se recusou a cooperar com o comitê de parlamentares que investiga o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, que deixou cinco mortos. Bannon ainda pode recorrer da sentença.
Ao chegar no tribunal mais cedo, o ex-assessor disse que o julgamento de seus adversários está próximo. "O julgamento deles será em 8 de novembro, quando o governo Biden termina", declarou ele a repórteres e apoiadores na porta do local.
Ele se refere às eleições de meio de mandato, marcadas para a data, que vão definir qual partido vai controlar o Congresso. Atualmente, o partido democrata de Joe Biden tem maioria estreita tanto no Senado quanto na Câmara. Uma vitória republicana nessa eleição pode atrasar ou barrar a agenda do governo.
Em recomendação expedida mais cedo nesta semana, o Departamento de Justiça recomendou que ele fosse preso por ao menos seis meses.
"As declarações de Bannon provam que o seu desacato não tinha como objetivo proteger seu privilégio executivo ou a Constiuição, mas minar os esforços do comitê para apurar um ataque histórico", disse a pasta no documento.
Bannon, Trump e o ataque ao Capitólio
Bannon, que já foi um dos principais estrategistas de Donald Trump e é uma figura influente da extrema-direita mundial, também já foi indiciado por lavagem de dinheiro e conspiração.
O homem de 68 anos, foi um dos principais assessores da campanha presidencial de Trump em 2016, depois atuou como estrategista-chefe da Casa Branca em 2017, antes de uma briga entre eles que, mais tarde, foi apaziguada. Bannon ajudou a articular o populismo de direita "América Primeiro" e a forte oposição à imigração que ajudou a definir o mandato de Trump na Presidência dos EUA.
Seu advogado David Schoen disse que Bannon confiou no conselho de seus advogados para não cumprir uma intimação do Congresso depois que Trump invocou o privilégio executivo, uma doutrina legal que protege algumas comunicações da Casa Branca de divulgação.
De acordo com o comitê de 6 de janeiro, Bannon falou com Trump pelo menos duas vezes no dia anterior ao ataque, participou de uma reunião de planejamento em um hotel em Washington e disse em seu podcast de direita que "o inferno vai acontecer amanhã".
*Com AFP e Reuters
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