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Lula presta solidariedade a Cristina: 'Torço por uma justiça imparcial'

Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina - REUTERS/Agustin Marcarian
Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian

Do UOL, em São Paulo

07/12/2022 12h59

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou hoje sobre a condenação da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e disse que ela é "vítima de lawfare".

"Minha solidariedade à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Vi sua manifestação de que é vítima de lawfare e sabemos bem aqui no Brasil o quanto essa prática pode causar danos à democracia", escreveu o petista no Twitter.

"Torço por uma justiça imparcial e independente para todos e pelo povo da Argentina", acrescentou.

Lawfare é um termo usado no meio jurídico para se referir ao uso ou manipulação das leis e procedimentos legais como instrumento de combate e intimidação a um adversário. A expressão é formada pela junção das palavras "law" (lei, em tradução livre do inglês) e "warfare" (guerra).

O PT também se manifestou em apoio à vice-presidente argentina. Por meio de nota, o partido citou "caráter claro de perseguição política" na decisão do Tribunal Federal de Buenos Aires.

"A acusação não se sustenta, foi inclusive julgada improcedente por um juiz anterior, mas o caso foi reaberto e julgado por uma nova corte, com os grandes meios de comunicação alimentando a opinião pública em favor da condenação", diz o comunicado divulgado pelo PT.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também fez uma publicação no Twitter em apoio a Kirchner, e disse que a decisão da Justiça argentina "é uma auto confissão explícita da perseguição contra ela". Dilma também comparou ao caso de Lula, que foi preso em 2018.

"Manifesto minha total solidariedade à Cristina, assim como a todos os líderes, militantes e ativistas progressistas perseguidos e condenados injustamente, na história recente em nosso continente", escreveu.

PT criticou Operação Lava Jato. Na nota, assinada pela presidente da executiva nacional, Gleisi Hoffmann, e pelo Secretário de Relações Internacionais, Romenio Pereira, o PT também comparou a condenação de Kirchner à atuação da Operação Lava Jato.

"No Brasil, vivemos recentemente com a questão da Lava Jato, um processo que tinha como único objetivo perseguir nosso presidente recém-eleito, a maior figura popular do país, e tentar eliminá-lo política e socialmente", afirmou o partido, se referindo a Lula.

Na avaliação da legenda, no entanto, os integrantes da força-tarefa "fracassaram, assim como irão fracassar os mesmos que estão em conluio perseguindo Cristina [Kirchner]".