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Protestos e greve fecham aeroporto e 33 estradas no Peru

Protestos no Peru retornaram na quarta-feira (4) - Hugo Curotto/AFP
Protestos no Peru retornaram na quarta-feira (4) Imagem: Hugo Curotto/AFP

Do UOL, em São Paulo

06/01/2023 21h44Atualizada em 06/01/2023 22h02

Um mês depois do impeachment do ex-presidente peruano Pedro Castillo os protestos continuam, apesar do país ter decretado estado de emergência.

Hoje, manifestantes fecharam o aeroporto Inca Manco Cápac, da cidade de Juliaca, e ocuparam ao menos 33 estradas no país, segundo a agência Efe e o jornal local La Republica.

Viatura foi destruída. Aos arredores do aeroporto a confusão se intensificou quando militantes atearam fogo no veículo da Polícia Nacional e, logo, foram confrontados pelos agentes.

Trégua acabou. Os atos haviam parado durante o feriado de Natal, mas retornaram após a virada do ano. Além disso, algumas pessoas fazem greve contra o novo governo, da presidente Dina Boluarte.

Movimento separatista. Em Puno e em outras partes do sul de inclinação eleitoral historicamente à esquerda, alguns líderes de protestos estão falando em se separar de Lima e do norte do Peru.

O que os protestos reivindicam? As multidões nas ruas pedem a renúncia de Boluarte, o fechamento do Congresso, uma mudança na Constituição e a libertação de Castillo.

Entenda

  • A crise política no país se agravou em 7 de dezembro, quando o então presidente Pedro Castillo fez um pronunciamento em que disse que iria instituir um "governo de emergência excepcional" a fim de convocar novas eleições e, posteriormente, mudar a Constituição do Peru.
  • O Congresso antecipou a sessão para votar pelo impeachment de Castillo e o afastou do cargo por "incapacidade moral". Horas depois, Dina Boluarte, então vice de Castillo, assumiu a Presidência.
  • A presidente tenta apaziguar os ânimos e já disse que apresentará um projeto de lei ao Parlamento a fim de antecipar as eleições para abril de 2024. A princípio, a chapa de Castillo e Boluarte governaria até 2026.
  • Mesmo preso, Castillo tem publicado cartas, em que agradeceu aos manifestantes, falou em golpe contra ele e acusou a imprensa local de receber dinheiro "para silenciar o massacre e a crise em todo o Peru".

(Com Reuters)