Protestos e greve fecham aeroporto e 33 estradas no Peru
Um mês depois do impeachment do ex-presidente peruano Pedro Castillo os protestos continuam, apesar do país ter decretado estado de emergência.
Hoje, manifestantes fecharam o aeroporto Inca Manco Cápac, da cidade de Juliaca, e ocuparam ao menos 33 estradas no país, segundo a agência Efe e o jornal local La Republica.
Viatura foi destruída. Aos arredores do aeroporto a confusão se intensificou quando militantes atearam fogo no veículo da Polícia Nacional e, logo, foram confrontados pelos agentes.
Trégua acabou. Os atos haviam parado durante o feriado de Natal, mas retornaram após a virada do ano. Além disso, algumas pessoas fazem greve contra o novo governo, da presidente Dina Boluarte.
Movimento separatista. Em Puno e em outras partes do sul de inclinação eleitoral historicamente à esquerda, alguns líderes de protestos estão falando em se separar de Lima e do norte do Peru.
O que os protestos reivindicam? As multidões nas ruas pedem a renúncia de Boluarte, o fechamento do Congresso, uma mudança na Constituição e a libertação de Castillo.
Entenda
- A crise política no país se agravou em 7 de dezembro, quando o então presidente Pedro Castillo fez um pronunciamento em que disse que iria instituir um "governo de emergência excepcional" a fim de convocar novas eleições e, posteriormente, mudar a Constituição do Peru.
- O Congresso antecipou a sessão para votar pelo impeachment de Castillo e o afastou do cargo por "incapacidade moral". Horas depois, Dina Boluarte, então vice de Castillo, assumiu a Presidência.
- A presidente tenta apaziguar os ânimos e já disse que apresentará um projeto de lei ao Parlamento a fim de antecipar as eleições para abril de 2024. A princípio, a chapa de Castillo e Boluarte governaria até 2026.
- Mesmo preso, Castillo tem publicado cartas, em que agradeceu aos manifestantes, falou em golpe contra ele e acusou a imprensa local de receber dinheiro "para silenciar o massacre e a crise em todo o Peru".
(Com Reuters)
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