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Desafeto de Bolsonaro, Macron liga para Lula e fala em 'vencer desafios'

Emmanuel Macron e Lula em Paris - Divulgação/Ricardo Stuckert
Emmanuel Macron e Lula em Paris Imagem: Divulgação/Ricardo Stuckert

Do UOL*, em São Paulo

26/01/2023 18h06Atualizada em 26/01/2023 19h30

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que ligou para o presidente Lula (PT) para reafirmar o apoio ao líder brasileiro após os ataques golpistas do dia 8/1.

Ele também citou alguns desafios que os dois países terão pela frente.

Durante nosso telefonema, reiterei ao presidente Lula o apoio da França após os ataques à democracia brasileira. Reafirmamos nossa determinação de agir em prol do clima, da biodiversidade, de nossas florestas e contra a fome. Vamos vencer estes desafios."
Emmanuel Macron

Mais de uma hora de conversa. Os dois abordaram a parceria estratégica bilateral, temas regionais e aspectos da governança global, conforme informou a assessoria do Planalto.

Convite feito. Lula convidou Macron para que visite o Brasil e conheça o estaleiro em Itaguaí (RJ), em que são construídos os submarinos convencionais e o submarino a propulsão nuclear, fruto da cooperação bilateral.

O que os dois líderes discutiram

  • Os presidentes falaram sobre esforços para combater a grande ameaça representada pela mudança do clima;
  • Na conversa, eles citaram a importância da readequação da arquitetura financeira internacional como instrumento de financiamento da transição climática e de combate à fome e à desigualdade;
  • Lula expôs a necessidade de concluir as negociações do acordo MERCOSUL-União Europeia;
  • Ambos também concordaram sobre a urgência em se buscar a paz entre Rússia e Ucrânia.

Visita programada. Antes de iniciar o governo Lula, Emmanuel Macron já havia prometido uma visita ao Brasil ainda no primeiro semestre.

O presidente francês conhece pouco da América do Sul. Antes do Brasil, esteve na Argentina, para a cúpula do G-20, e na Guiana Francesa. Será a terceira viagem dele à região.

A despeito dessa amizade. Macron virou "inimigo" político externo no governo de Jair Bolsonaro (PL). Eles só conversaram presencialmente uma vez.

Ofensas à primeira-dama francesa. O então presidente brasileiro e o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, proferiram opiniões ofensivas sobre a aparência de Brigitte Macron.

(Com Estadão Conteúdo)