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Eles remaram o Atlântico para caridade e agora não têm como voltar pra casa

Nina e Simon Crouchman participavam de competição de remo oceânico - Reprodução/ Instagram/ @mrandmrseas
Nina e Simon Crouchman participavam de competição de remo oceânico Imagem: Reprodução/ Instagram/ @mrandmrseas

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/02/2023 04h00

Um casal de britânicos que participava de uma competição de navegação passou cerca de dois meses no Oceano Atlântico em um barco a remo. A dupla buscava arrecadar fundos para a caridade, entretanto, a meta passou longe de ser atingida. Agora, sem recursos, eles pedem ajuda para voltar para casa.

Nina, 50, e Simon Crouchman, 53, pretendiam arrecadar 50 mil libras esterlinas (cerca de R$ 313 mil) participando da Talisker Whiskey Atlantic, uma prova de remo oceânico em que os participantes navegam das Ilhas Canárias às Índias Ocidentais. No entanto, a aventura rendeu pouco mais de 8 mil libras (aproximadamente R$ 50 mil).

Os dois abriram uma nova arrecadação online, dessa vez para conseguirem voltar para a casa, em Essex, na Inglaterra. Na página, o casal escreveu que nunca pensaram chegar tão longe.

"Nós nos encontramos na linha de partida, capazes de remar para apoiar nossa instituição de caridade, mas não temos dinheiro para voltar para casa quando chegarmos à Antígua [destino final da dupla]", disseram.

Antes de partir para a missão, Nina deixou seu emprego no Conselho do Condado de Essex. A aventura também exigiu treinamento especializado, um barco de 65 mil libras esterlinas (aproximadamente R$ 407 mil), equipamento de segurança e suprimentos para a longa viagem.

O barco, que mede mais de 7 metros, se chama Kraken. O casal escolheu navegar em prol dos samaritanos, em homenagem a um amigo próximo que tirou a própria vida.

Eles chegaram até a metade do percurso, depois de enfrentarem ondas de quatro metros e suportarem semanas de ventos intensos, enjoos, bolhas nas mãos e queimaduras doloridas.

O casal esperou cerca de onze dias até ser resgatado por um iate que vinha das Ilhas Canárias. "Fisicamente, não podíamos mais remar nem podíamos dirigir o barco manualmente", disse Nina.

A expectativa da dupla era atravessar a linha de chegada ontem, totalizando 65 dias de viagem.