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Maior aeroporto de Israel suspende voos em meio a protestos contra governo

Viajantes checam voos atrasados depois que as decolagens foram suspensas como parte de protestos nacionais contra o plano de revisão judicial do governo no Aeroporto Internacional Ben Gurion em Lod, Israel - STRINGER/REUTERS
Viajantes checam voos atrasados depois que as decolagens foram suspensas como parte de protestos nacionais contra o plano de revisão judicial do governo no Aeroporto Internacional Ben Gurion em Lod, Israel Imagem: STRINGER/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

27/03/2023 08h06Atualizada em 27/03/2023 09h39

As operações do Aeroporto Ben Gurion, o principal de Israel, foram suspensas nesta manhã após uma greve de funcionários. Eles protestam contra o projeto de reforma judicial do governo Benjamin Netanyahu.

O que aconteceu?

  • A paralisação de funcionários do Aeroporto Internacional Ben Gurion é parte da greve geral em Israel. Manifestantes estão nas ruas contra a reforma judicial, que diminui o papel da Suprema Corte e dá mais poder aos políticos.
  • Dois grandes portos marítimos de Israel também paralisaram suas atividades hoje. Eles respondem por mais de 60% das mercadorias importadas do país.
  • Grandes protestos são esperados em cidades de Israel, como Jerusalém. No sábado (25), cerca de 200 mil pessoas manifestaram nas ruas de Tel Aviv.
  • O primeiro-ministro Netanyahu cancelou de última hora um pronunciamento que faria pela manhã. Nas redes sociais, ele pediu que manifestantes "se comportem com responsabilidade e não ajam com violência".

Demissão de ministro que criticou reforma aumentou tensão

Ontem, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu demitiu seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, por criticar o projeto de reforma judicial. Protestos espontâneos aconteceram em frente à residência do premiê, em Jerusalém.

O presidente israelense, Isaac Herzog, também engrossou a lista dos descontentes, ao pedir hoje a suspensão imediata da reforma.

Desde que o governo Netanyahu, um dos mais à direita da história de Israel, apresentou, em janeiro, um projeto de reforma legal da magistratura, o país está dividido. Há manifestações contrárias à medida a cada semana.

Netanyahu pode demitir Gallant, mas não pode demitir a realidade e não pode demitir o povo de Israel, que se opõe à loucura da coalizão. O primeiro-ministro de Israel é uma ameaça para a segurança de Israel.
Ex-primeiro-ministro e líder da oposição, Yair Lapid

27.mar.23 - Israelenses protestam perto da Suprema Corte de Israel durante uma manifestação depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu demitiu o ministro da Defesa e seu governo de coalizão nacionalista avança com sua reforma judicial, em Jerusalém - ILAN ROSENBERG/REUTERS - ILAN ROSENBERG/REUTERS
Israelenses protestam em Jerusalém na manhã de segunda-feira (27)
Imagem: ILAN ROSENBERG/REUTERS

*Com informações de AFP e RFI