Maior aeroporto de Israel suspende voos em meio a protestos contra governo
As operações do Aeroporto Ben Gurion, o principal de Israel, foram suspensas nesta manhã após uma greve de funcionários. Eles protestam contra o projeto de reforma judicial do governo Benjamin Netanyahu.
O que aconteceu?
- A paralisação de funcionários do Aeroporto Internacional Ben Gurion é parte da greve geral em Israel. Manifestantes estão nas ruas contra a reforma judicial, que diminui o papel da Suprema Corte e dá mais poder aos políticos.
- Dois grandes portos marítimos de Israel também paralisaram suas atividades hoje. Eles respondem por mais de 60% das mercadorias importadas do país.
- Grandes protestos são esperados em cidades de Israel, como Jerusalém. No sábado (25), cerca de 200 mil pessoas manifestaram nas ruas de Tel Aviv.
- O primeiro-ministro Netanyahu cancelou de última hora um pronunciamento que faria pela manhã. Nas redes sociais, ele pediu que manifestantes "se comportem com responsabilidade e não ajam com violência".
Demissão de ministro que criticou reforma aumentou tensão
Ontem, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu demitiu seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, por criticar o projeto de reforma judicial. Protestos espontâneos aconteceram em frente à residência do premiê, em Jerusalém.
O presidente israelense, Isaac Herzog, também engrossou a lista dos descontentes, ao pedir hoje a suspensão imediata da reforma.
Desde que o governo Netanyahu, um dos mais à direita da história de Israel, apresentou, em janeiro, um projeto de reforma legal da magistratura, o país está dividido. Há manifestações contrárias à medida a cada semana.
Netanyahu pode demitir Gallant, mas não pode demitir a realidade e não pode demitir o povo de Israel, que se opõe à loucura da coalizão. O primeiro-ministro de Israel é uma ameaça para a segurança de Israel.
Ex-primeiro-ministro e líder da oposição, Yair Lapid
*Com informações de AFP e RFI
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