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Promotor afirma que Trump mentiu e encobriu crimes para proteger campanha

Do UOL, em São Paulo

04/04/2023 17h25Atualizada em 04/04/2023 20h51

O promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, disse que havia um esquema de mentiras e crimes para proteger a candidatura de Donald Trump à presidência em 2016.

O que ele disse:

Bragg afirmou que Trump falsificou registros empresariais para esconder pagamentos feitos em troca do silêncio de várias pessoas. São três acusações por pagamento de propina.

Segundo o promotor, havia um "esquema de pegar e matar" para comprar e suprimir informações negativas sobre Trump e ajudá-lo a vencer a eleição. Ainda conforme Bragg, foram criadas empresas de fachada para os pagamentos.

O promotor disse que foram diversas declarações falsas de renda em 2017, mês após mês, desde abril, até o fim daquele ano. O esquema ilegal incluía falsos pagamentos ao advogado Michael Cohen.

O esquema, segundo o promotor, violou a legislação eleitoral de Nova York, que trata como crime "conspirar para promover uma candidatura por meios ilegais" e também porque os valores ultrapassam o permitido na lei.

O promotor garantiu que não serão permitidas nem normalizadas estas condutas e que "não importa quem você seja".

De acordo com a lei do estado de Nova York, é crime falsificar registros comerciais com a intenção de fraudar e ocultar outro crime. É exatamente disso que se trata este caso: 34 declarações falsas feitas para encobrir outros crimes.
Alvin Bragg, promotor de Manhattan

O ex-presidente dos Estados Unidos é alvo de 34 acusações, todas envolvendo falsificação de documentos. Ele se declarou inocente e a defesa alegou que esta é uma "denúncia vazia".

Relembre caso:

O tribunal de Nova York abriu uma investigação em 2018 sobre um suposto pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 666 mil) à estrela pornô Stormy Daniels, pouco antes da eleição presidencial de 2016, para esconder um suposto caso extraconjugal com Trump.

O valor não havia sido declarado nas contas de campanha do candidato republicano, violando as leis eleitorais, e foi registrado como "honorários legais" nos livros de sua empresa com sede em Nova York.

Em janeiro deste ano, o promotor democrata de Manhattan, Alvin Bragg, entregou o caso a um grande júri, que indiciou o ex-presidente no fim da semana