China simula ataques contra Taiwan; ilha critica e mobiliza militares
A China intensificou os exercícios militares ao redor de Taiwan neste domingo, segundo dia de uma operação para pressionar a península por sua proximidade com os Estados Unidos.
O Ministério de Defesa de Taiwan chamou os atos de "provocativos" e também mobilizou tropas.
Como está a situação?
A China utilizou 11 navios de guerra e 70 jatos ao redor de Taiwan nos exercícios de hoje, segundo informações do governo de Taiwan.
O Ministério da Defesa da ilha disse que as Forças Armadas usam os exercícios "como uma chance de treinarem", mas que não buscam "escalada [das tensões] ou conflitos". As declarações foram publicadas em um vídeo nas redes sociais.
Os exercícios da China incluíram "ataques de precisão" contra "alvos cruciais na ilha de Taiwan e nas águas circundantes", informou a mídia estatal CCTV;
A China ainda prometeu utilizar munição real em testes que serão realizados amanhã. Os exercícios acontecem no Estreito de Taiwan, perto da costa de Fujian, uma província que fica diante da ilha.
Tensão acontece após novo gesto de aproximação entre Taiwan e EUA
Pequim prometeu responder com medidas "firmes e contundentes" a uma viagem da presidente do Taiwan aos EUA.
Tsai Ing-wen também se encontrou com o líder da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy.
A China considera a ilha de Taiwan, de 23 milhões de habitantes, uma de suas províncias que ainda não conseguiu reunificar com o restante do território desde o fim da guerra civil, em 1949.
Já a ilha procura estreitar laços com outras nações para garantir sua soberania em relação a Pequim —um posicionamento apoiado pelos Estados Unidos.
Em agosto, a China executou manobras militares sem precedentes ao redor de Taiwan e disparou mísseis em resposta a uma visita à ilha da democrata Nancy Pelosi, antecessora de McCarthy na presidência da Câmara de Representantes.
*Com informações da AFP
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