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Confronto no Sudão deixa ao menos 56 mortos e interrompe TV ao vivo

Protestos políticos acontecem no Sudão desde o começo de abril - MOHAMED NURELDIN ABDALLAH/REUTERS
Protestos políticos acontecem no Sudão desde o começo de abril Imagem: MOHAMED NURELDIN ABDALLAH/REUTERS

Do UOL*, em São Paulo

15/04/2023 23h22Atualizada em 16/04/2023 01h22

O confronto entre o exército e paramilitares deixou ao menos 56 mortos e mais de uma centena de feridos no Sudão, segundo o sindicato médico local. Os combates chegaram a interromper a transmissão de um telejornal ao vivo (veja abaixo).

O que aconteceu:

As últimas semanas foram marcadas por fortes tensões entre os dois generais que lideraram o golpe de outubro de 2021: o chefe do Exército, Abdel Fatah al Burhan; e o chefe dos paramilitares das FAR (Forças de Apoio Rápido), Mohamed Hamdan Daglo.

A Força Aérea Sudanesa anunciou hoje cedo que atacou várias bases paramilitares na capital Cartum, onde desde o início do dia acontecem confrontos entre ambos os lados.

Pouco antes, as FAR disseram ter assumido o controle do palácio presidencial e do aeroporto internacional de Cartum, abalados desde a madrugada por disparos e explosões.

O sindicato médico local reportou ao menos 56 mortes causadas pelo confronto.

Outro momento de preocupação foi quando uma transmissão ao vivo de um telejornal foi cortada, em meio a som de tiros atrás. O programa estava sendo gravado em um estúdio de Omdurman, a cidade mais populosa do país.

Qual o motivo das tensões?

As divergências se baseiam, principalmente, no futuro dos paramilitares e em sua integração às Forças Armadas.

Essa disputa bloqueia a transição democrática exigida pela comunidade internacional para retomar sua ajuda ao Sudão, um dos países mais pobres do mundo.

(Com AFP)