Líder do grupo Wagner ainda é investigado por motim armado, diz Rússia
O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, continua sendo investigado pelas acusações de que teria incitado um motim armado na Rússia.
O que aconteceu?
A investigação "não foi fechada", disse uma fonte não identificada na Procuradoria-Geral da Rússia, segundo a agência de notícias russa Tass. A mesma informação também foi publicada pelo jornal russo Kommersant. "O caso criminal contra Prigozhin não foi fechado. A investigação continua", disse essa fonte.
Prigozhin é investigado pelo FSB, o serviço secreto federal da Rússia. Esse órgão é equivalente ao FBI nos Estados Unidos. O caso foi aberto na sexta-feira (23) após o líder do grupo Wagner publicar no Telegram comunicados que diziam que suas unidades teriam sido atacadas. Ele pediu que seus apoiadores se rebelassem contra líderes militares russos.
Na Rússia, o crime de motim armado pode levar de 12 a 20 anos de prisão.
Ministro da Defesa da Rússia na TV após rebelião
Essa foi a primeira aparição de Sergei Shoigu após a tentativa de rebelião pelo grupo Wagner. Em um vídeo divulgado pela televisão estatal russa na manhã de hoje, Shoigu é visto supervisionando tropas russas em território ucraniano.
O ministro se reuniu com o líder de uma das unidades das tropas russas na Ucrânia, coronel-general Nikiforov, comandante do grupo ocidental.
Grupo Wagner insatisfeito
Shoigu foi um dos alvos de insatisfação durante o motim imposto pelo Grupo Wagner, quando os paramilitares assumiram o controle do quartel-general militar ao sul da Rússia.
Prigozhin, líder dos mercenários, acusou Shoigu e Valery Gerasimov, o chefe do Estado-Maior, de incompetência e corrupção. Por isso, exigiu que os dois fossem entregues ao grupo para que a justiça fosse restaurada.
Apesar da reaparição de Shoigu, Gerasimov não foi mais visto em público desde a oficialização do acordo entre o Kremlin e os mercenários para o fim da rebelião, ocorrido no último sábado (24).
Conforme anúncio feito pelo governo russo, o acordo garante imunidade legal aos combatentes amotinados em troca do retorno às frentes de conflito. Ainda segundo o pacto, Prigozhin seria exilado em Belarus.
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