Lula critica europeus em acordos ambientais: Muita coisa da boca para fora
O presidente Lula (PT) voltou a cobrar países europeus sobre os acordos feitos em cúpulas ambientais. Exaltando a Amazônia, ele afirmou que tem muita coisa nesses pactos que são "da boca para fora".
O que ele disse
"Ainda tem muita coisa da boca para fora". Presidente lembrou da primeira cúpula do clima que participou, a COP-15 em 2009, na Dinamarca, quando os países europeus prometeram US$ 100 bilhões ao ano para proteção ambiental em países em desenvolvimento. "Até agora não deram e parecem que não querem dar", disse Lula durante transmissão ao vivo nas redes sociais. "Eu disse na reunião que é melhor dizer a verdade, não quer dar o dinheiro, diga que não vai dar, não fica alimentando ilusão".
Lula disse que Brasil não vai implorar por dinheiro. "O Brasil precisa parar de se tratar como um 'paisinho' pobre, pequenininho. O Brasil é rico, tem orçamento grande, tem riqueza, acontece que uma minoria se apoderou dessa riqueza", disse. "Temos que tomar decisões, e colocar dinheiro para proteger a Amazônia é uma obrigação nossa".
"Países ricos queriam culpar a China pela poluição do mundo", disse Lula. Segundo ele, durante a COP-15, os líderes da União Europeia e dos Estados Unidos queriam atribuir a culpa da poluição mundial à China, o que ele foi contra. "Não foi a China quem fez a Revolução Industrial, a Revolução Industrial vem de 200 anos atrás. Quero saber se essas pessoas estão pagando a dívida que têm com o planeta".
Exploração científica na Amazônia
Presidente defendeu exploração consciente da Amazônia. "O Brasil ainda tem milhões de quilômetros de floresta preservada. Temos que transformar em um patrimônio brasileiro, verdadeiramente, que gere melhoria em qualidade de vida para o povo brasileiro", declarou. "A floresta em pé pode render muito mais do que derrubar".
Presidente francês Emmanuel Macron disse que nações ricas "estão prontas" para cumprir promessa. Declaração foi feita em junho deste ano, quando Lula participou de um evento em Paris junto de outros 40 líderes mundiais.
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