Rússia faz nova ameaça nuclear após ataques com drones a Moscou
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou no domingo que o Kremlin cogita o uso de armas nucleares caso a contraofensiva da Ucrânia se mostre bem-sucedida. A declaração foi divulgada em uma postagem no Telegram.
O que aconteceu
O alto funcionário do governo russo afirmou que, diante de um ataque com drones bem-sucedido da Ucrânia, não haveria outra solução a não ser o emprego de forças nucleares.
"Imaginem que a ofensiva em conjunto com a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], deu certo e acabou com a retirada de parte do nosso território. Então. teríamos que usar armas nucleares em virtude das estipulações do Decreto Presidencial Russo", disse Medvedev.
Em tom de ameaça, ele acrescentou: "Nossos inimigos devem rezar a nossos combatentes para que não permitam que o mundo seja destruído por chamas nucleares".
As novas ameaças foram divulgadas poucas horas após o Ministério de Defesa da Rússia acusar Kiev de realizar ataques com drones a Moscou. Três drones foram interceptados pelos militares, mas um empreendimento comercial acabou atingido no oeste da capital russa, segundo informações do governo.
Ameaça não é a primeira
Esta, no entanto, não é a primeira vez que o dirigente russo adota a retórica nuclear desde o início dos conflitos com a Ucrânia. Em abril, Medvedev alertou sobre a expansão nuclear russa caso Suécia e a Finlândia se juntassem à Otan.
No início do ano, quando países membros da Otan debatiam o envio de armas para a Ucrânia, Medvedev não hesitou ao afirmar que uma eventual derrota russa ensejaria um conflito nuclear. "As potências nucleares não perdem grandes conflitos dos quais depende seu destino", disse à época.
Medvedev, braço-direito de Putin, foi presidente da Rússia de 2008 a 2012.
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