Argentinos vão às urnas nas eleições primárias para presidente
Os argentinos vão às urnas hoje em todo o país para eleições primárias, que devem decidir quais candidatos presidenciais disputarão o pleito geral, marcado para o dia 22 de outubro.
O que são as primárias?
As eleições primárias são realizadas no país desde 2009. Elas decidem qual candidato representará uma legenda nas eleições gerais.
O voto é obrigatório e as urnas foram abertas às 8h (no horário local e de Brasília) serão fechadas às 18h. O resultado deve ser divulgado a partir das 22h.
Neste ano, cinco candidatos têm "destaque" na cena eleitoral:
O ministro da Economia Sergio Massa, do Unión por la Patria;
O sociólogo e ativista social Juan Grabois, do Unión por la Patria;
O moderado direitista e prefeito de Buenos Aires Horacio Rodriguez Larreta, do Juntos por el Cambio;
A ex-guerrilheira, ex-militante da Juventude Peronista e ex-Ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, do Juntos por el Cambio;
O membro da extrema-direita Javier Milei, do Libertad Avanza, que já declarou afeição pelo ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
Como afeta a economia?
Os argentinos vão votar em meio a um clima de deterioração econômica, com uma das taxas de inflação mais altas do mundo (115% em um ano) e uma pobreza que atinge 40% da população.
A incerteza política se traduz em nervosismo nos mercados e se reflete na cotação do 'dólar blue', como é chamada a taxa de câmbio informal, que esta semana ultrapassou a barreira psicológica dos 600 pesos por dólar, o dobro da oficial.
A Argentina tem um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) de 44 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 160 bilhões, em cotação da época), firmado em 2018 e renegociado em 2021.
Há duas semanas, Massa chegou a um entendimento com o FMI para flexibilizar as metas de acúmulo de reservas internacionais, que a diretoria do organismo ainda deve ratificar. E todos se perguntam o que vai acontecer no dia seguinte à eleição.
*Com informações da AFP
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