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Judeus protestam no Capitólio por cessar-fogo em Gaza; Biden foi a Israel

Ao menos 100 manifestantes judeus ocuparam um prédio do Capitólio, onde fica o Congresso dos Estados Unidos, para exigir que o governo americano pressione por um cessar-fogo na Faixa de Gaza, que tem sido alvo de bombardeios israelenses desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.

"Parem os ataques agora"

Judeus vestiram camisetas pretas dizendo "não em nosso nome". Algumas delas levavam os dizeres: "Os judeus dizem: parem os ataques agora". Os manifestantes ainda carregavam faixas que pediam "cessar-fogo" e "deixem Gaza viver". O ato acontece em meio a viagem do presidente Joe Biden a Israel.

Polícia do Capitólio prendeu vários manifestantes. "Protestos não são permitidos dentro dos prédios do Congresso", escreveu a entidade na rede social X, antigo Twitter.

Mobilização foi convocada pelo movimento Voz Judaica pela Paz. Antes do protesto, centenas de pessoas se reuniram no National Mall, perto do Capitólio, para depois se dirigirem ao Edifício Cannon e pressionar a administração de Joe Biden a agir por um cessar-fogo.

Biden é realmente o único que tem o poder de pressionar Israel neste momento, e ele deve usar esse poder para salvar vidas inocentes.
Hannah Lawrence, 32 anos, à AFP

Se eu pudesse enviar uma mensagem ao presidente, eu diria: 'Abra os olhos, veja o que está acontecendo em Gaza. Se você quiser poder se olhar no espelho, deve agir e pôr fim ao genocídio'.
Linda Holtzman, 71 anos, à AFP

Biden em Israel

Presidente americano está em Tel Aviv, onde se reuniu com Benjamin Netanyahu. Ao longo da visita relâmpago, Biden se encontrou com o primeiro-ministro de Israel e reafirmou o apoio a seu principal aliado no Oriente Médio após a ofensiva do grupo extremista Hamas, no último dia 7.

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Israel diz ter recebido ajuda "sem precedentes" dos EUA. Segundo Netanyahu, a ajuda militar inclui "assistência que reforça ainda mais as nossas capacidades de guerra".

Viagem tem como objetivo reforçar apoio a Israel na guerra contra o Hamas. Biden condenou o ataque a um hospital em Gaza, que ontem (17) deixou mais de 500 mortos, e se disse "indignado e profundamente triste". O presidente americano apoiou a versão de que o bombardeio não foi causado por Israel.

Hamas acusa Israel por ataque a hospital e fala em "genocídio". O país nega e atribui o bombardeio à Jihad Islâmica. O grupo, por sua vez, recusa veementemente a autoria do atentado, chama a acusação de "mentira" e diz que Israel tenta "encobrir o massacre que cometeram contra civis".

(*Com AFP e Reuters)

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