Líbano pede que Israel declare cessar-fogo de 48 horas na Faixa de Gaza
O Líbano pediu que Israel declare um cessar-fogo de 48 horas na Faixa de Gaza.
O que aconteceu
Ministro de Relações Exteriores disse que, depois disso, "vamos saber exatamente quem está começando o quê". "Vamos pedir um cessar-fogo e ver o que acontece, em vez de ameaçar", afirmou Abdallah Bou Habib à CNN Internacional.
Habib ressaltou que não tem controle sobre o Hezbollah. "Eles não querem uma guerra. Mas quero dizer, você não pode controlar isso. Tudo depende, mais uma vez, do que acontecer em Gaza, da invasão de Israel a Gaza", acrescentou o ministro.
Mais cedo, Israel disse que o Líbano tem "responsabilidade" de evitar ataques.
O governo do Líbano, qualquer coisa que aconteça vindo do território deles, eles devem se responsabilizar e serão responsabilizados. Este é um estado soberano. Tem controle sobre suas fronteiras. Eles têm a responsabilidade de garantir que terroristas como o Hezbollah, um exército terrorista, não lancem ataques contra Israel.
Peter Lerner, porta-voz das Forças De Defesa de Israel
Como é a relação do Líbano com Israel
A relação entre os dois países é complexa e marcada por questões territoriais, políticas e religiosas. O Hezbollah, grupo político e militar baseado no Líbano, considera Israel como inimigo e tem protagonizado conflitos armados com o país nos últimos anos.
Localizado no Oriente Médio, o Líbano faz fronteira com Israel. Apesar de ser um país com grande diversidade religiosa, grupos como os xiitas se sentiam pouco representados e sem apoio do governo. Com esse cenário político, somado a onda de invasões de Israel na região, o Hezbollah surgiu na década de 1980.
Portanto, o Hezbollah é um grupo político e militar de origem islâmica xiita. Atualmente, o grupo extremista libanês controla o sul do Líbano. A região também já recebeu muitos refugiados palestinos que residiam no agora Estado de Israel.
A organização conta com o apoio do Irã, que passou a ser governado por um regime teocrático xiita desde 1979. Além do Hezbollah, o país também mantém relações estreitas com o movimento palestino Hamas.
Inimizade histórica
Inimigo de Israel. O Hezbollah é um inimigo jurado de Israel e um ator importante na vida política libanesa. O grupo mantém boas relações com o Hamas, o movimento que governa a Faixa de Gaza.
População libanesa é contra. No entanto, grande parte da população do Líbano é anti-Hezbollah —e essa parte teme uma possível reação israelense contra o país em caso de ataques.
"Segurança e estabilidade". Ao comentar sobre a guerra em Israel, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, já afirmou que o país não quer entrar na guerra entre Israel e o grupo Hamas e que a prioridade é "manter a segurança e a estabilidade no sul do Líbano".
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